O Governo Regional dos Açores
propôs-se, desde o início da atual legislatura, reformar o Serviço Regional de
Saúde, tendo, para esse efeito, convidado todos os partidos a pronunciar-se
sobre este importante sistema do estado social, que importa manter e
aperfeiçoar.
Esta reforma nada tem a ver com
questões financeiras, como erradamente é dito por alguma oposição, tendo antes
como objetivo primordial tornar o sistema mais eficiente, mais moderno, mais
justo e também mais sustentável.
A reforma pretende, tão só,
melhorar o Serviço Regional de Saúde, não porque não seja bom, mas antes para o
adaptar às novas realidades nos âmbitos dos avanços tecnológicos, dos recursos
humanos e das novas acessibilidades.
Investiram-se muitos milhões de
euros nos últimos anos em construção de hospitais e centros de saúde e no
devido apetrechamento da rede regional de cuidados de saúde, adaptando o
sistema às dos tempos modernos, por isso é preciso rentabilizar esses recursos
e colocá-los ao serviço dos açorianos, pois foi só para isso que foram criados.
A generalidade dos partidos da
oposição, numa primeira análise, achou positiva a postura do Governo dos
Açores, mas, depois, apercebendo-se dos benefícios eleitorais que poderiam
advir de uma posição mais crítica, afastaram-se e incidiram a sua ação na
gestão de pequenos descontentamentos defendendo capelinhas aqui e ali, numa
atitude demagógica, esquecendo o que está verdadeiramente em causa nesta
reforma: o bem de todos os açorianos.
Ao ser conhecida a “Proposta de
Reestruturação do Serviço Regional de Saúde” logo veio ao de cima os antigos
fantasmas do bairrismo exacerbado alimentado por partidos políticos que
preferem manter uma posição populista para retirar dividendos eleitorais.
O Governo Regional já declarou
que este é um documento de trabalho e, como tal, é aberto a contributos válidos
e devidamente justificados.
Isso dá trabalho e compromete,
mas é, sem dúvida, aquilo que o povo açoriano espera dos partidos políticos.