No plenário de Maio, realizado na passada semana, assisti a mais um triste espectáculo, que se pretendia mediático, protagonizado pelo maior partido da oposição. Aliás este procedimento tem sido habitual nos últimos tempos.
O processo é simples: ao adivinhar grandes dificuldades em vencer nas urnas o partido que está a exercer o poder, como deveria ser, o maior partido da oposição tem enveredado por caminhos eticamente reprováveis, pelo menos no meu entender, optando por um ataque sistemático e cirúrgico ao Presidente do Governo Regional dos Açores.
Um cidadão sentiu-se injustiçado pelo facto de não ter recebido do Governo verbas a que se julgava com direito, no exercício de diversos cargos, nomeadamente desportivos e que o levou a responsabilizar-se pessoalmente por dívidas que, segundo tem sido referido, não tinham cobertura orçamental por parte das entidades que tutelou. Pretendia, assim, que o Governo assumisse esses compromissos. Como sabemos, infelizmente este não é caso único e, por isso, qualquer Governo que resolvesse esta situação particular, teria, inevitavelmente, de resolver todas as outras para não ter problemas no futuro. Ou não seria assim?
É evidente que o Governo não alinhou neste desvario. Outro qualquer mesmo de diferente quadrante político faria o mesmo, não tenho dúvidas.
É claro que o PSD, prevendo que poderia tirar benefícios políticos desta situação, não teve qualquer pejo em patrocinar a defesa deste cidadão e tentar transformar a Assembleia Legislativa num muro de lamentações, com a proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar as alegadas responsabilidades. Já tínhamos assistido a esta colagem a determinados sindicatos, o que denota um paupérrimo sentido de estado a que a oposição também está obrigada.
A ideia com que se fica de todo este barulho é a inequívoca inversão de valores: se o Governo cometesse uma ilegalidade estava tudo bem, mas ao não pactuar com a chantagem e jogo sujo sujeita-se a uma condenação política. É preciso ter paciência…
Tratando-se de um problema jurídico, cabe aos tribunais o apuramento da verdade e a atribuição de responsabilidades, por isso não faz qualquer sentido criar essa Comissão, até porque esse gesto iria abrir, e em muito, as possibilidades de instalar muitas outras Comissões sempre que existisse uma frágil suspeição ou quando houvesse a necessidade de destruir um adversário político, como parece ser o caso.
O que parece ainda mais irresponsável é que, como toda a gente sabe, as verbas atribuídas no âmbito do apoio ao desporto e da promoção turística são sujeitas a critérios previamente definidos, depois publicadas no Jornal Oficial e por isso espelhadas em transparentes contratos-programa que estão acessíveis a todos.
O Dr. Costa Neves está “embrulhado” numa nuvem de suspeições acerca do abate dos sobreiros no Alentejo e lá por isso ninguém pediu uma Comissão Parlamentar de Inquérito para aferir a sua culpabilidade nesta matéria. Outras instâncias terão essa responsabilidade e, como é óbvio, até ao apuramento da verdade a sua inocência nunca poderá ser posta em causa.
O processo é simples: ao adivinhar grandes dificuldades em vencer nas urnas o partido que está a exercer o poder, como deveria ser, o maior partido da oposição tem enveredado por caminhos eticamente reprováveis, pelo menos no meu entender, optando por um ataque sistemático e cirúrgico ao Presidente do Governo Regional dos Açores.
Um cidadão sentiu-se injustiçado pelo facto de não ter recebido do Governo verbas a que se julgava com direito, no exercício de diversos cargos, nomeadamente desportivos e que o levou a responsabilizar-se pessoalmente por dívidas que, segundo tem sido referido, não tinham cobertura orçamental por parte das entidades que tutelou. Pretendia, assim, que o Governo assumisse esses compromissos. Como sabemos, infelizmente este não é caso único e, por isso, qualquer Governo que resolvesse esta situação particular, teria, inevitavelmente, de resolver todas as outras para não ter problemas no futuro. Ou não seria assim?
É evidente que o Governo não alinhou neste desvario. Outro qualquer mesmo de diferente quadrante político faria o mesmo, não tenho dúvidas.
É claro que o PSD, prevendo que poderia tirar benefícios políticos desta situação, não teve qualquer pejo em patrocinar a defesa deste cidadão e tentar transformar a Assembleia Legislativa num muro de lamentações, com a proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar as alegadas responsabilidades. Já tínhamos assistido a esta colagem a determinados sindicatos, o que denota um paupérrimo sentido de estado a que a oposição também está obrigada.
A ideia com que se fica de todo este barulho é a inequívoca inversão de valores: se o Governo cometesse uma ilegalidade estava tudo bem, mas ao não pactuar com a chantagem e jogo sujo sujeita-se a uma condenação política. É preciso ter paciência…
Tratando-se de um problema jurídico, cabe aos tribunais o apuramento da verdade e a atribuição de responsabilidades, por isso não faz qualquer sentido criar essa Comissão, até porque esse gesto iria abrir, e em muito, as possibilidades de instalar muitas outras Comissões sempre que existisse uma frágil suspeição ou quando houvesse a necessidade de destruir um adversário político, como parece ser o caso.
O que parece ainda mais irresponsável é que, como toda a gente sabe, as verbas atribuídas no âmbito do apoio ao desporto e da promoção turística são sujeitas a critérios previamente definidos, depois publicadas no Jornal Oficial e por isso espelhadas em transparentes contratos-programa que estão acessíveis a todos.
O Dr. Costa Neves está “embrulhado” numa nuvem de suspeições acerca do abate dos sobreiros no Alentejo e lá por isso ninguém pediu uma Comissão Parlamentar de Inquérito para aferir a sua culpabilidade nesta matéria. Outras instâncias terão essa responsabilidade e, como é óbvio, até ao apuramento da verdade a sua inocência nunca poderá ser posta em causa.
Ao longo da nossa existência temos como objectivo primordial ter uma vida com sentido e, pelo menos, razoável. Cometemos muitos erros porque o difícil é conciliar o pensamento com a acção.
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