No passado Domingo o Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa fechou o ciclo de 50 anos de existência.
A construção daquele equipamento revestiu-se de grande importância para a população e isso mesmo foi referido no Relatório de 1960 da Santa Casa da Misericórdia da Vila de Santa Cruz da Graciosa, quando se afirmava “Os graciosenses, que até então estavam praticamente privados de hospital, e, desde tempos remotos, ambicionavam, aliás com toda a justiça, tão importante melhoramento, puderam, assim, ver essa legítima aspiração transformar-se em doce realidade”.
Foi a 22 de Maio de 1960 que entrou em funcionamento o então denominado Hospital Sub-Regional da Ilha Graciosa, construção que terá sido impulsionada pelo Ministro das Obras Públicas de então, Engenheiro José Frederico Ulrich.
Esse dia foi comemorado com a I Feira da Saúde da Graciosa, uma acção inédita a nível da região, que eu saiba. Foi uma jornada de promoção da saúde, organizada e coordenada pelos profissionais daquela instituição e em que a população aderiu de forma inusitada. Viu-se, assim, um Centro de Saúde abrir-se à comunidade que serve, num gesto altruísta.
Foi num ambiente de festa que vimos o centro da vila repleto de gente que procurava as bancas onde os técnicos de saúde os atendiam e os aconselhavam nas diversas vertentes. E foram muitas as áreas abordadas: fisioterapia, aconselhamento nutricional, psicologia, planeamento familiar, saúde oral, rastreios diversos, etc.. Para além disso ouve dança hip hop, animação para crianças e música ao vivo.
Hoje, quando se reclama mais tempo para dar aos outros, quando se afirma que o voluntariado está em crise, assiste-se, nesta graciosa ilha, a uma conjugação de esforços e de saberes, para construir um verdadeiro momento de entrega aos outros.
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