Mal o Presidente da República
saía da Graciosa em direcção a S. Jorge, já o líder do PSD Graciosa, nessa
qualidade, elaborava um comunicado espalhando duras críticas por aqueles que,
segundo o seu infalível medidor de
respeito, não dignificaram a visita do mais alto magistrado da nação a esta
ilha.
Não contente com esta
inexplicável apreciação, considerada por muitos como ridícula e extemporânea, retoca
o texto e transforma-o, dias depois, em artigo de opinião que publica no Diário
Insular e na Rádio Graciosa, alargando as críticas ao Presidente do Governo
(pudera, aqui há mais leitores!) e acaba mesmo por chamar incompetente ao
Presidente da Câmara.
Este partido político e o seu
responsável já nos habituaram a estes remoques e a outros ímpetos, que muitas das
vezes não leva a merecida resposta na volta, porque ninguém se quer confundir
com este tipo de actuação.
O Professor Cavaco e Silva, na
qualidade de presidente de todos os portugueses, merece o respeito, incluindo o
institucional, mas é evidente que o Presidente da Câmara, como primeiro
responsável autárquico, deverá merecer também a deferência que o cargo
igualmente exige, naturalmente noutra escala.
E é aqui que o PSD Graciosa está
em desvantagem: exige respeito, mas não respeita. Critica a falta dos deputados
do PS em momentos da visita, mas por sua vez também faltou a pelo menos três
itens do programa, talvez por serem empreendimentos do Governo Regional, sem
receber da nossa parte qualquer censura por isso. Chama incompetente ao
Presidente da Câmara, quando, e tendo em conta a sua apreciação crítica, o
deveria ter feito a quem organizou a visita e propôs alguma distância e recato.
Ironizou com as ofertas feitas ao ilustre visitante, quando podia ter proposto
outras, porque os seus vereadores e o presidente da Assembleia Municipal também
participaram nesta recepção.
Este azedume impresso num
comunicado, primeiro, e replicado num artigo de opinião, depois, só demonstra
que esta visita correu mal ao PSD. O Presidente da República, e quanto a mim
muito bem, comparou aquilo que conheceu há vinte anos e o que viu agora e notou
uma evolução que o terá agradado particularmente, conforme confessou. E isso
calou fundo…
É visível que esta avaliação não
terá satisfeito, de todo, os responsáveis do PSD. É a vida!
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