Em democracia os sufrágios
eleitorais resultam em duas componentes: o partido que ganha governa e os outros
partidos fazem oposição.
Ao partido ganhador cumpre a
obrigação de por em prática o seu programa - aquele que, no fundo, foi o mais votado
- e à oposição, além da necessária fiscalização da atividade governativa, cabe usar
a propositura para encontrar outros caminhos para atingir os mesmos fins. Esta
função é também importante, sobretudo, para partidos que ambicionam chegar ao
poder.
Nestes tempos problemáticos e
incertos devido a uma crise de contornos ainda difíceis de perceber onde se
assiste a uma excessiva austeridade da autoria do Governo da República do
PSD/CDS-PP, o Governo Regional dos Açores do Partido Socialista implementou e
implementa medidas capazes de atenuar os efeitos nefastos que nos chegam do
exterior.
Esta luta sem tréguas não tem
sido fácil, mas, como tem sido apanágio do Partido Socialista, onde estiver uma
Açoriana ou um Açoriano em dificuldades, temos de lá estar.
Nesse âmbito surgiu a Agenda para
o Emprego e Competitividade, onde sobressaem diversas medidas para ajudar as
empresas a criar e a manter o emprego, para além de outros programas dirigidos
aos desempregados, precisamente para obviar as dificuldades.
Esperava-se do PSD-Açores um
contributo importante na resolução destes e de outros problemas, mas, ao
contrário do que seria espectável, este partido político, com legítimas
aspirações de chegar ao governo, limita-se a propor o que já existe a nível do
emprego ou então a formalizar propostas inexequíveis, como foi o caso do
emprego jovem cuja aplicação apenas se poderia fazer na industria extrativa
inexistente nos Açores.
É muito pouco para este partido
que é muito expedito a criticar e muito parco a propor.
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