Os Portugueses ficaram agora a
saber que a Presidência da República não deu a conhecer a listagem de compras
conforme é imposto pela lei, o mesmo acontecendo com a Assembleia da República que
também enveredou pelo mesmo caminho e não publicou os contratos das aquisições
a que está obrigada.
Os Portugueses já sabiam que
houve um ministro que ocultou as suas verdadeiras habilitações académicas, que
o Governo da Madeira escondeu parte da sua dívida, que o BPN, dirigido por um
ex-governante do PSD, tinha uma contabilidade oculta e que o Banco Insular era
operador financeiro que suportava negócios recônditos.
Já sabiam também que houve um ex-ministro
e ex-Conselheiro de Estado que fazia de conta que nada tinha a ver com o
escândalo do BPN e que nessa ocultação contou sempre com o apoio dos seus
correligionários, de tal maneira que só de lá saiu quando não era possível
disfarçar mais.
Os Portugueses também já sabem,
pelos acontecimentos recentes, que o primeiro-ministro é exímio em esconder a
verdade e que o vice-primeiro-ministro oculta com frequência o verdadeiro
significado do irrevogável e traça linhas intransponíveis, mas só a
brincar.
Finalmente tomaram conhecimento
que o antigo primeiro-ministro e ainda Presidente da Comissão Europeia, numa
entrevista recente, tentou esconder a sua responsabilidade no caso do BPN,
fazendo uma coisa feia ao tentar comprometer terceiros.
Como se vê alguma da direita
liberal que detém o poder em Portugal é exímia na arte da ocultação e do
disfarce.
Não é por acaso que sempre
pediram aos eleitores deste país uma maioria e um presidente. E esse é o preço
que estamos a pagar agora …
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