O primeiro ministro de Portugal,
acossado com o chumbo do Tribunal Constitucional, resolveu desferir uma série
de ataques a este órgão de soberania chegando a emitir uma solução: é preciso
escolher melhor os juízes.
Esta sua descuidada afirmação
revela a fraca tolerância para lidar com aqueles que não pensam como ele.
Qualquer dia Passos Coelho, para resolver esta questão da tolerância para com as suas políticas, vai pedir para mudar o povo, já que o atual não lhe dá qualquer crédito e isso foi bem percetível nos resultados eleitorais das europeias.
Se o Presidente da República
cumprisse verdadeiramente a função para que foi eleito, que incluí o juramento
de “cumprir e fazer cumprir a Constituição Portuguesa”, o Tribunal
Constitucional passaria despercebido.
Infelizmente os portugueses não podem contar com o primeiro magistrado da nação para impedir os desvarios deste governo, como se tem visto ao longo deste mandato da aliança do PSD com o CDS-PP.
Resta-nos apenas o Tribunal
Constitucional que, já por oito vezes, chumbou normas que iam muito para além
da Constituição Portuguesa e que penalizavam em muito o povo deste país.
Curiosamente sempre que tal
acontece e aconteceu Portugal registou sinais que revelam um crescimento
económico acima do expetável.
Mais do que as políticas do
governo de Passos Coelho, são, no fundo, os chumbos do Tribunal Constitucional
que tem motivado algum crescimento da economia do país.
Vivemos assim numa realidade
aflitiva de termos um governo que não se inibe de apresentar, constantemente e
de uma forma bem consciente, normas inconstitucionais e de termos um Presidente
que aceita tudo sem pestanejar.
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