Decorreu nos últimos dias a
visita do Governo dos Açores às duas ilhas mais a ocidente do arquipélago.
Há, por vezes, a tendência de
menorizar estas visitas que constam no Estatuto Político-Administrativo da
Região Autónoma dos Açores, nomeadamente no seu Artigo 87.
Este momento é importante para os
cidadãos contatarem os governantes e procurarem soluções para os problemas que
os afligem. Por isso vale a pena.
Entretanto, continuamos a ouvir
as explicações sobre o BANIF na Comissão de Inquérito, constituída para apurar
responsabilidades políticas em todo o processo. Vão desfilando as pessoas envolvidas,
falam em milhões, relembram datas e atiram responsabilidades.
Percebe-se que houve quem
quisesse esconder as dificuldades e não atuasse apenas por motivos eleitorais,
o que é grave. Também se percebe que as instituições constituídas para
supervisionar ou não o fizeram ou não têm qualquer poder para o fazer.
Também se ficou a saber que os
Presidentes dos Governos Regionais tiveram uma participação ativa na busca de
solução para o problema devido à grande exposição dos residentes e das
instituições Açorianas e Madeirenses a este banco.
Do Panamá surgiram informações
que demonstram que a ganância anda por aí. Fica também bem claro que ninguém
consegue parar os poderosos.
Esta embrulhada já chamuscou muita
gente e muitos mais virão, por esse mundo fora, enquanto assistimos,
incrédulos, à divulgação, aos poucos, de nomes de pessoas e de empresas que
aproveitaram aqueles paraísos fiscais para dissimular fortunas ou fugir aos
impostos.
Até quando?
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