Na passada semana o Primeiro-Ministro
de Portugal visitou os Açores pela primeira vez nessa qualidade.
Estávamos mal habituados
relativamente às visitas dos membros do Governo da República.
No passado veio até cá um
Primeiro-Ministro apenas para assinar um tratado de guerra. Mais tarde outro
Primeiro-Ministro, da mesma linha partidária, veio cá dizer que não contássemos
com ele para coisa nenhuma, nem para se solidarizar com os Açorianos aquando
das intempéries, ao contrário do que tinha feito, e muito bem, com o povo
Madeirense.
Tivemos também por cá uma
Secretária de Estado que, imbuída pelo espírito de campanha, foi capaz de
desrespeitar o protocolo sem qualquer pudor.
Agora foi diferente. Recebemos o
Primeiro-Ministro, acompanhado por diversos membros do seu Governo, que veio
até aos Açores e reuniu com os seus legítimos representantes para resolver
questões que há muito tempo esperavam por soluções.
Este governo tem ainda poucos
meses, mas já fez mais pelos Açores do que Passos Coelho em quatro anos do seu
mandato.
Facilidades na utilização civil
da Base das Lajes, low-cost para a
Terceira, gestão do mar, excluir a componente dos subsídios ao investimento dos
agricultores do cálculo de rendimento para efeitos de contribuições à Segurança
Social, o empenho em negociar um envelope financeiro adicional para ultrapassar
este momento de dificuldade dos agricultores, entre outras, foram algumas das
questões que o Governo da República resolveu em consonância com o Governo
Regional.
Estes resultados surgem de um
trabalho apurado feito longe dos holofotes e paragonas pelo Governo liderado
por Vasco Cordeiro, que se preparou para negociar e chegar a bom porto com um
conjunto de iniciativas que apenas esperavam encontrar do lado de lá intervenientes
capazes de ouvir, compreender e com capacidade para decidir.
Esta autêntica parceria com
benefícios para ambas as partes não agradou, pelos vistos, ao principal partido
da oposição.
Reconheço a legitimidade para
pensar assim, só não percebo porquê…
Bem sei que estamos cada vez mais
perto das eleições, mas é chegada a hora do líder do maior partido da oposição
pensar mais nos Açores e menos na sua sobrevivência política.
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