O deputado Duarte Freitas já há
muito que deu o tiro de partida na campanha eleitoral, salvo erro, lá pelo
Natal. Aliás, desde que assumiu a liderança do seu partido parece que não tem
feito outra coisa.
Nestas eleições, ao contrário das
últimas em que foi candidato à Assembleia Legislativa pelo círculo eleitoral do
Pico, perfilha-se para se candidatar pelo círculo eleitoral da ilha de S.
Miguel. Esta sua estratégia é legítima e deve ser respeitada.
Neste seu percurso, o ainda
deputado pela ilha do Pico, passou recentemente pela Graciosa e fez campanha,
como era de esperar. Distribuiu um panfleto sobre o que pretende para os Açores
e um outro onde elenca alguns compromissos não cumpridos pelo atual Governo.
No primeiro caso vimos descriminadas
uma série de coisas que estão a ser feitas e por isso não são nada de novo. O
atual deputado, na qualidade de candidato por S. Miguel, promete o que está a
ser feito, de uma forma muito conveniente mas pouco séria.
Uma delas aponta também para a
promoção do valor do pescado para exportação e defender a pesca local.
Como já é conhecido, o
PSD-Açores, no seu documento base de apoio ao programa de governo, ignora por
completo o sector das pescas ao não dedicar nem um capítulo, nem uma página,
nem sequer uma linha, a um sector que é de importância vital para a economia
dos Açores, em geral, e para a Graciosa, de uma forma particular.
Também não sei como poderá um
partido político propor-se a defender a pesca local ao mesmo tempo que, perante
a presença da Comissão de Pescas do Parlamento Europeu, gastou todo o seu tempo
a condenar a política de pescas esquecendo por completo defender as ilhas,
sobretudo as mais pequenas, perante o corte absurdo da quota do goraz que está
a prejudicar algumas ilhas dos Açores. Esta foi uma oportunidade perdida para
defender a pesca local.
Relativamente às promessas não
cumpridas, o deputado Duarte Freitas se visse com mais atenção a execução dos
programas do Partido Socialista iria certamente perceber que embora nem tudo
esteja feito e bem feito, grande parte dos compromissos foram ou serão
executados, com taxas de cumprimento muito mais elevadas que os seus autarcas
tem conseguido, incluindo alguns que o rodeavam enquanto entregava os referidos
panfletos.
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