Portugal ganhou, e bem, o País de
Gales por dois golos sem resposta, num jogo em que Ronaldo “regressou”, para
nossa satisfação.
A nossa seleção tem sido
criticada por não fazer jogos bonitos, pelo menos até esta quarta-feira, mas dou
razão ao selecionador quando afirma que entre jogar feio e estar em França ou
jogar bonito e ir para casa, escolhe a primeira opção. Não diria melhor.
O ruído mediático emitido por uma
catrefada de comentadores que se espalham pelos diversos canais televisivos,
tem sido de tal ordem que cria, ao redor da seleção, momentos de algum agastamento,
mas que originam situações de fino humor, como foi a do patinho feio ou então,
um humor mais negro, quando o Quaresma lança o convite aos críticos para irem
ver a final a Paris.
Esta vitória ofuscou outro feito.
Dulce Félix sagrou-se vice-campeã da Europa nos 10.000 metros, em Amesterdão, na
Holanda. Esta excelente atleta continua a dar alegrias aos Portugueses.
Esta semana também se esperava
decisões sobre as sanções da União Europeia, a Portugal e a Espanha. Mas o que
surgiu esta quinta-feira foi estranho. Foi decidido que quem decidirá será,
afinal, o Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia. Mais tempo, mais
especulações e, sobretudo, mais incertezas sobre o futuro próximo. Vamos ter de
continuar a ouvir os burocratas de Bruxelas, não eleitos, a afirmar o seu e o
seu contrário, por mais uns dias.
O Secretário-Geral da OCDE
afirmou que esta era uma altura muito má para criar divisões entre os países ao
aplicar sanções por apenas ultrapassar o défice em duas décimas, quando
tínhamos questões muito mais importantes para atender, como a crise dos
migrantes e refugiados, a saída do Reino Unido da União Europeia e o
terrorismo. Palavras sábias.
Na Assembleia da República
discutiu-se o Estado da Nação. Foram horas de debate em que surgiram, como se
esperava, dois blocos bem distintos: a direita que procura alegar que o país
está pior e a esquerda a explicar a importância de devolver rendimento e
direitos aos Portugueses, coisas que lhes foram sonegadas nos quatros anos de
mandato dessa direita.
Nos Açores prossegue a
pré-campanha eleitoral. O PSD, em campanha há um ano na procura incessante de
notoriedade, prossegue com a publicitação de chavões, por vezes antagónicos e
outras vezes prometendo a interferência do estado em tudo o que mexe.
Enfim, uma semana normal.
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