Mário Centeno é, como bem se
sabe, o ministro das Finanças de Portugal desde novembro de 2015, altura em que
foi encontrada uma solução governativa à esquerda no âmbito da Assembleia da
República
Este cargo é, com toda a certeza,
um dos mais difíceis de desempenhar em qualquer governo e ainda muito mais
complicado quando os recursos disponíveis são diminutos, incapazes de chegar
para todas as solicitações.
Mas o que é certo é que Mário
Centeno, apesar dos maus prenúncios da direita e da desconfiança dos organismos
internacionais, conseguiu ligar este governo aos melhores resultados do país
desde a estabelecimento da democracia em Portugal.
Reverteu os cortes cegos nos
salários e pensões, devolveu direitos há muito adquiridos, diminuiu o
desemprego, está a recapitalizar a Caixa Geral de Depósitos sem ajuda do
estado, não embarca na flexibilização da legislação laboral, descentraliza
importantes serviços, como os transportes públicos, recuperou a maioria da TAP,
vendida à pressa e em cima de eleições.
Estes feitos, que quase ninguém
acreditava, não beliscaram os compromissos internacionais assumidos e permitem ao
país, mesmo assim, sair do procedimento por défice excessivo.
Este sucesso inesperado representa
um preço muito alto para Mário Centeno e a direita portuguesa, desesperada e
embirrenta, quer agora cobrar através do ódio e de um julgamento de caráter na
praça pública, tudo por causa, imagine-se, de umas simples mensagens escritas.
Esta é uma vil forma de fazer
oposição quando pouco resta para contestar, mas tem sido esta a imagem de marca
desta direita que continua a viver sem qualquer ressentimento pelo mal que fez
aos portugueses nos últimos anos.
Para a oposição Mário Centeno é e
será sempre um empecilho, mas para os portugueses representa a estabilização do
país e a devolução da esperança.
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