O Bloco de Esquerda desencadeou
uma interpelação ao Governo dos Açores sobre a situação económica e social na
região.
De pronto levantaram-se as
oposições de cá e que lá foram comandam os destinos do país e, como é sabido,
infligem, a um ritmo diário, cortes e mais cortes com o perfeito conhecimento,
sabe-se agora, de que estes vão além do necessário para resolver os problemas
estruturais do país.
Assumem que alguns dos
indicadores não são os ideais e fazem-no de um modo subtil escondendo a tremenda
responsabilidade que os seus partidos tem nessas políticas de empobrecimento do
país.
Como era possível evitar com
sucesso a degradação da situação social se o Governo da dupla Passos Coelho e
Paulo Portas corta no RSI, nas pensões, no abono de família e nos rendimentos
dos funcionários públicos?
Como era possível evitar o
crescimento do desemprego se o Governo do PSD/CDS-PP, com a aplicação das
fortes medidas de austeridade, desencadeou processos de insolvência em
catadupa, sobretudo das pequenas e médias empresas?
Como é possível evitar as
dificuldades nas farmácias se no continente as políticas do Governo estão a por
em risco metade das farmácias existentes no país?
É evidente que o Governo dos
Açores, liderado por gente que está muito atenta às questões sociais, tem feito,
e muito bem, um enorme esforço para devolver aos açorianos aquilo que lhes tem
sido sonegado pelo Governo da República.
A contínua aposta nos apoios aos
mais desprotegidos é a prova que este Governo não deixa nem quer deixar ninguém
para trás.
Por isso o PSD, pelo menos esse,
se quisesse, de facto, melhorar ou pelo menos não deixar degradar a qualidade
de vida dos mais desprotegidos, dava ordens aos seus três deputados da
Assembleia da República para votar contra os diplomas que produzem esses
cortes.
O resto é conversa … e falta de
coragem.
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