Berta Cabral, na recente visita
que fez à Graciosa no âmbito da campanha eleitoral, disse, e passo a citar,
“votar PSD nos Açores é dar força a Passos Coelho”.
Esta interpretação é, no meu
entendimento, completamente verdadeira e vem confirmar que a cabeça de lista do
PSD Açores às próximas eleições legislativas nacionais está, de facto, de alma
e coração com o seu líder, coisa que já se sabia, não constituindo, por isso,
qualquer novidade.
Fica-se a perceber que Berta
Cabral afinal está ao lado do seu chefe de Lisboa mesmo quando este está contra
os Açorianos, como no caso das intempéries, em que negou o apoio aos Açores ao
contrário do que fez com a Madeira, ou quando aprova as passagens aéreas mais
baratas para a Madeira do que para os Açores, ou quando paga o serviço público
da ligação entre a Madeira e o Porto Santo e não o faz nas ligações entre as
ilhas dos Açores.
Aquela claríssima afirmação quer
dizer que Berta Cabral deve concordar com as maldades que Passos Coelho tem
feito aos Açorianos nos últimos tempos e isso era importante clarificar numa
altura em que, mais uma vez, vamos ter de ir às urnas expressar o voto em
defesa dos Açores.
No entanto nunca poderei
esquecer, a este mesmo propósito, que ainda há bem pouco tempo Berta Cabral queria
demarcar-se de Passos Coelho perguntando, e passo novamente a citar, “acham-me
parecida com Passos Coelho? Não, não sou”. Nestas coisas os atos falam por si. Cada
um é como cada qual.
Ao contrário do que quer e pensa
a cabeça de lista do PSD Açores, no próximo domingo temos de expressar, com a
força do nosso voto, um sinal inequívoco de que os Açores estão e estarão
sempre em primeiro lugar e que as Açorianas e os Açorianos serão sempre uma
prioridade.
Por tudo isso, só faz sentido
votar no PS e em Carlos César.
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