Os deputados do Partido Socialista José Ávila, Manuel José Ramos e Ricardo Ramalho participaram no Jantar oferecido pelo Presidente do Governo dos Açores em honra do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Ao enfrentar as situações impossíveis, as pessoas que amam o seu país podem mudá-lo". Barack Obama
26 de outubro de 2017
Reunião da Comissão de Economia
José Ávila participou, esta quinta-feira, numa reunião da Comissão de Economia com a seguinte ordem de trabalhos:
- Audição do Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa sobre um Projeto de Resolução que visa estender a Linha Lilás até à Ilha Graciosa;
- Audição da Secretária Regional do Ambiente, Energia e Turismo sobre um Projeto de Resolução sobre a tarifa social de eletricidade.
5 de setembro de 2017
Período Legislativo de setembro
Os deputados do Partido Socialista José Ávila, Manuel José Ramos e Ricardo Ramalho participam, a partir de hoje, dia 5 de setembro, nos trabalhos parlamentares do Período Legislativo de setembro, com a seguinte agenda:
A - Verificação de poderes do Sr. Deputado Rui Miguel
Oliveira Martins;
1 - Interpelação ao Governo Regional sobre “Caos instalado
na SATA e as ligações aéreas nos Açores”, apresentada pela Representação
Parlamentar do PPM;
2 - Debate de urgência sobre Pescas, apresentado pelo Grupo
Parlamentar do BE;
3 - Projeto de Resolução n.º 28/XI – “Recomenda ao Governo
Regional que reponha a comparticipação dos encargos com o transporte de gado
vivo para exportação”, apresentado pela Representação Parlamentar do PCP;
4 - Proposta de Decreto Legislativo Regional n.º 9/XI –
“Estabelece o Regime Jurídico do Programa Regional de apoio à Comunicação
Social Privada - PROMÉDIA 2020”;
5 - Projeto de Decreto Legislativo Regional n.º 11/XI –
“Promove a igualdade de género na atribuição de prémios em competições desportivas”,
apresentado pelo Grupo Parlamentar do BE;
6 - Proposta de Resolução n.º 6/XI – “Orçamento da
Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores para o ano de 2018”,
apresentada pela Mesa da ALRAA;
7 - Projeto de Decreto Legislativo Regional n.º 7/XI –
“Alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 11/2008/A, de 19 de maio –
Regime jurídico da gestão dos imóveis do domínio privado da Região Autónoma dos
Açores”, apresentado pela Representação Parlamentar do PPM;
8 - Pedido de urgência e dispensa de exame em Comissão do
Projeto de Resolução n.º 48/XI – “Resolve recomendar ao Governo Regional, na
qualidade de único acionista do Grupo SATA, que dê orientações específicas à
Azores Airlines, no sentido de impedir a concretização da decisão unilateral de
acabar com a rota Terceira-Porto-Terceira, em outubro de 2017”, apresentado
pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP;
9 - Projeto de Resolução n.º 48/XI – “Resolve recomendar ao
Governo Regional, na qualidade de único acionista do Grupo SATA, que dê orientações
específicas à Azores Airlines, no sentido de impedir a concretização da decisão
unilateral de acabar com a rota Terceira-Porto-Terceira, em outubro de 2017”,
apresentado pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP.10 de agosto de 2017
Lançamento do livro "Na vertical onde me escondo"
José Ávila e Manuel José Ramos participaram no lançamento da obra de Olga Giraldes "Na vertical onde me escondo".
Exposição "Nosso mar, nossa ilha: Pensar a nossa ilha (também) debaixo de água"
José Ávila participou na abertura da exposição "Nosso mar, nossa ilha: Pensar a nossa ilha (também) debaixo de água" e apresentação de duas palestras sobre o mar proferidas pelo Diretor Regional das Pescas e pela estudante finalista Adriana Luz.
22 de junho de 2017
Artigo de opinião
O PSD não quer
perceber
O PSD, no âmbito da discussão da
petição relativa à situação da pesca, teima em não perceber, ou em fazer de
conta que não percebe, o que será muito mais grave, os riscos que representa
uma paragem biológica de qualquer espécie piscícola no mar dos Açores.
O estranho em todo este processo
é que o PSD, mesmo sabendo que 11 associações ligadas à pesca e aos seus
profissionais, que representam a quase totalidade do sector, estão decididamente
contra essa solução, continua a bater na mesma tecla, inclusivamente utilizando
argumentos falaciosos obtidos com uma pergunta feita à Comissão Europeia com o
intuito de obter uma resposta à medida.
Se a Região tivesse proposto uma
paragem biológica para o Goraz não teria sido possível manter a quota de 508
toneladas para os anos 2017 e 2018. Essa é a verdade. E mais… A gestão dessa
quota sairia da nossa competência, o que seria muito grave.
Como é sabido, a recuperação
desta espécie tem sido uma realidade em resultado de medidas concretas, desde
logo pela aplicação de limites de captura anuais (TACs) no âmbito da Política
Comum das Pescas da UE na sequência de pareceres científicos, por outro lado
através de outras medidas, aplicadas após consenso com as partes interessadas, de
que são dois bons exemplos o aumento dos tamanhos mínimos e as novas limitações
para o uso do palangre de fundo.
Embora não havendo motivos para
tal nem ser a medida de gestão mais eficaz caso fosse aplicada, os apoios
previstos em caso de paragem biológica implicariam a suspensão de todas as
atividades exercidas pelas embarcações e pelos pescadores, o que significaria a
paragem total da fileira, com graves consequências em inúmeras empresas, desde
a comercialização e transformação, passando pela própria restauração. A paragem
de toda a frota teria, como bem se percebe, um custo social e económico
elevado, devido às suas consequências e não traria qualquer efeito para o
aumento de abundância desta espécie.
Essa pretensão poderia significar
a falência de muitas empresas e o consequente crescimento do desemprego, a
troco de uma mão cheia de nada e, talvez, a satisfação de um capricho de quem
se quer aproveitar de um sector para fazer politiquice. A pesca enfrenta na
Região desafios, é certo, mas temos a certeza de que vai conseguir ultrapassá-los,
porque, estamos convictos, as dificuldades do sector não se resolvem atirando-lhes
com dinheiro, mas antes com políticas sérias e consensualizadas com o sector.
No meio deste frenesim, ouvimos o
líder do PSD defender uma alteração profunda na política das pescas e apresentar
quatro propostas: a revisão da primeira venda em lota, a pesca-turismo, o
mapeamento para uma aposta clara e séria na aquacultura e a formação de
pescadores.
Curiosamente estamos num momento
em que o preço médio em lota tem vindo a aumentar consideravelmente e a pesca-turismo
já foi operacionalizada há muito tempo, ficando os pescadores isentos de taxas
e averbamentos uma vez até 2020. Relativamente à aquacultura, o mapeamento já
foi efetuado e existem locais destinados a essa atividade em várias ilhas. O
processo de formação de pescadores já se iniciou pelas ilhas do Pico e Terceira
e será alargado a outras ilhas nos próximos meses.
Por aqui se vê que o PSD, para além
querer atirar dinheiro para os problemas, algo que em tempos muito criticava,
não apresenta nada de novo quando afirma querer fazer uma “profunda alteração”
no sector das pescas.
É muita parra e pouca uva, como
diz o nosso povo, mas o mais triste desta questão é que o PSD, com esta sua
postura, continua a enganar e a instrumentalizar alguns pescadores e algumas das
suas organizações. É pena, mas quanto a isso nada podemos fazer.
José Ávila
17 de maio de 2017
Artigo de opinião
Orgulho sem
preconceito
Não é segredo para ninguém que
tenho um imenso orgulho em ser graciosense. Quem me conhece, sabe muito bem o
que estou a dizer, até porque nunca consegui disfarçar ou esconder esse
sentimento, seja em que circunstância for.
Não estarei sozinho, nesta
matéria. Muito graciosenses são como eu, não tenho qualquer dúvida, e tal como
nós existem muitos açorianos que sentem o mesmo pelas suas ilhas.
Não consigo definir a “graciosensidade”
como o Victor Rui Dores já o faz há imensos anos, inspirado, como ele próprio
reconhece, no conceito de “açorienidade” de Vitorino Nemésio, mas não podia estar
mais de acordo com a frase que publicou em dezembro de 2013, e cito, “a minha
graciosensidade é precisamente o meu apego e o meu amor incondicional pela ilha
Graciosa, é a minha marca de identidade e de identificação com o espaço
graciosense”, fim de citação.
Este orgulho, que referi no
início, é suportado por coisas simples. Desde as belezas naturais, passando
pelo património construído, não esquecendo a arte de bem receber e os
resultados da participação desportiva.
Também concordo que a nossa
dimensão ultrapassa os 62 quilómetros quadrados de superfície que a ilha
encerra e, por isso mesmo, abomino quando alguém se refugia na nossa pequenez
para desculpar tudo.
É na Graciosa que ainda vive e
nidifica o Painho de Monteiro, ave única no mundo. É na Graciosa que se situa a
Furna do Enxofre, a maior abóboda vulcânica da Europa. É aqui que se produz a
Queijada da Graciosa, célebre pelo seu sabor e por ser o primeiro produto a
ostentar a marca Açores. É na Graciosa que se produz vinhos e aguardentes de
excelência, alguns já premiados por diversas vezes.
O Cláudio Bettencourt voa nos
ralis e obtém resultados de excelência. A Mainara Rodrigues brilhou, por duas
vezes, ao vencer provas nacionais. O Sport Clube Marítimo venceu uma Taça
Açores e também subiu à Série Açores de Futebol onde se mantém entre os
melhores da Região. O Graciosa Futebol Clube já esteve em duas finais da Taça
Açores e mantém, há vários anos, uma escola de futebol ao nível das melhores da
região e que tem revelado excelentes atletas. O Santa Cruz Sport Club venceu a
Taça Açores e duas vezes a Série Açores da II Divisão de Voleibol em femininos
e já foi campeão regional por diversas vezes nos escalões de formação de ambos
os sexos. A Associação Cultural Desportiva e Recreativa já foi campeã regional
de infantis masculinos em andebol e já produziu diversos campeões regionais de
atletismo. A seleção de Sub-12 de Futebol arrancou, muito recentemente, um tão honroso
como inédito segundo lugar. A Escola Básica e Secundária venceu, este ano, os
Jogos Desportivos Escolares.
Agora chegou a vez do Sporting
Clube de Guadalupe nos brindar com um resultado que, muito certamente, ficará
na história desportiva da Ilha Graciosa, ao vencer o Campeonato dos Açores de
Futebol e garantir, por esse facto, o acesso, na próxima época, ao Campeonato
de Portugal.
Com poucos recursos e com muitos
graciosenses no seu plantel, onde se inclui o treinador Jimmy Cunha, dirigido
por uma direção voluntária e voluntariosa, encabeçada pelo Manuel Bernardino,
este clube conseguiu obter um resultado só ao alcance de muitos poucos.
Nestas coisas, tal como na vida,
não é necessário ganhar sempre, mas torna-se imperioso tentar sempre, com
humildade e dedicação.18 de abril de 2017
Plenário de Abril
Os deputados José Ávila, Manuel José Ramos e Ricardo Ramalho participam no Plenário da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Poderá ver a agenda dos trabalhos aqui. Também poderá ver o Plenário Online.
10 de abril de 2017
Nota de Imprensa
Deputados socialistas valorizam
afirmação do turismo na ilha Graciosa
O crescimento do turismo e a sua
afirmação na ilha Graciosa esteve em destaque, esta segunda-feira, durante a visita
dos deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista a um empreendimento de
Turismo Rural, na freguesia de Guadalupe. “Pelo crescimento registado é
expetável que o turismo se continue a afirmar também nesta ilha e, como tal, a
aposta em espaços como este vem enriquecer a oferta e potenciar o turismo de
natureza, que é, no fundo, aquele para o qual estamos mais vocacionados, além
de contribuir para a reabilitação urbana”, referiu o deputado Manuel José
Ramos, no final da visita.
O deputado do PS Açores recordou que,
em 2016, a Graciosa registou um aumento acentuado nas dormidas - sendo a 3ª
ilha com maior crescimento relativamente ao ano anterior - na ordem dos 24,1%. Relativamente
aos passageiros aéreos desembarcados na ilha, também, há um crescimento de
15,7% - ao contrário do que aconteceu com os passageiros marítimos
desembarcados, que registaram uma ligeira diminuição.
O deputado José Ávila, por sua vez,
enalteceu o facto de surgirem cada vez mais empreendedores nesta área,
considerando que “este tipo de oferta é a que mais se coaduna com a vocação
turística dos Açores”. No entanto, como fez questão de sublinhar o deputado, “os
bons resultados não nos devem embevecer, mas antes servir de estímulo para
trabalhar ainda mais com o objetivo de consolidar este setor”.
Na área específica do Turismo em
Espaço Rural, José Ávila considerou que apesar de em 2016 se ter duplicado o
número de dormidas relativamente a 2015, “ainda há possibilidade de
crescimento, não só pela qualidade da oferta que existe na ilha Graciosa, mas
também pelo aumento da procura por unidades turisticas deste género”.
31 de março de 2017
O comunicador
Os Graciosenses foram mais uma
vez surpreendidos por uma morte violenta. E violentas são todas as mortes
inesperadas e anunciadas de forma fria tal a estupefação do mensageiro.
O Aristides, apesar de ter
partido cedo demais, deixa na nossa memória, além da imagem de um excelente
homem, com um modo afável e terno no relacionamento com os outros, a recordação
de uma pessoa dedicada, diria mais, de um quase profissional na cobertura de
acontecimentos da nossa ilha, primeiro através da Rádio Graciosa e, mais
recentemente, através das novas plataformas de comunicação, que dominava muito
bem.
Quando adoeceu, o Aristides deve
ter percebido da quantidade de pessoas que o admiravam, Graciosenses ou não,
residentes ou a viver na diáspora, e que se preocuparam com ele naquelas horas
difíceis por que passou, afinal fatores determinantes para definir a verdadeira
amizade.
Ainda há pouco tempo estivemos
juntos num evento social e vi, pela longa conversa e pelas explicações dadas,
que o entusiasmo com que falava dos projetos em que estava envolvido era o
mesmo que demonstrou aquando do advento das rádios locais.
Em novembro de 1987, a Rádio
Graciosa dava os primeiros passos, emitindo ainda de forma ilegal e com
equipamentos perfeitamente arcaicos. Um ano depois foi constituída a
Cooperativa Rádio Graciosa e em maio de 1989 aquela estação inicia as emissões de
forma regular.
Nesse tempo também andei por lá e
habituei-me a ver o Aristides de auscultadores e microfone, ou então com um
gravador em punho, numa grande azáfama para que tudo corresse bem.
O Aristides foi, por conseguinte,
um pioneiro da rádio e colaborador daquela estação desde o início e manteve um
programa, em parceria com o Helder Medina, chamado Hoje é Domingo, durante 20
anos seguidos, animando as tardes daquele dia, quase sempre com música
Portuguesa, sobretudo a tradicional, onde não faltava a música popular
Açoriana.
Na qualidade de um dos
proprietários da Rádio Graciosa, mas sobretudo na qualidade de Graciosense,
tenho a obrigação moral e cívica de, na hora da sua partida, agradecer tudo o
que fez de forma tão empenhada e gratuita, para bem da Graciosa e dos
Graciosenses.
28 de março de 2017
10 de março de 2017
Mais uma vez contra
Em vésperas da discussão e
eventual aprovação do Orçamento para 2017, Plano de Investimentos e Orientações
a Médio Prazo, vem o PSD, mais uma vez, dizer que vai votar contra,
independentemente da posição que o PS tem assumido, nomeadamente através de
afirmações do seu Presidente, Vasco Cordeiro, da total abertura para discutir e
analisar propostas de alteração realistas e exequíveis que possam vir a
enriquecer estes documentos de planeamento.
Esta reação extemporânea denota,
quanto a mim, a firme intenção deste partido não negociar com ninguém, ou seja,
ficar isolado num dos momentos mais importantes para os Açores e que marca o
início de mais uma legislatura.
Elaborar e apresentar propostas,
e conformá-las com várias vontades, dá trabalho e exige esforço dos
protagonistas. Negociar implica cedências e a defesa de princípios. Pelos
vistos ao PSD nada disto interessa. É estar contra apenas porque sim. Esta é
uma posição cómoda de quem se exigia mais responsabilidade.
O PSD enveredou pelo caminho mais
fácil. Apesar de estar contra as políticas sociais do Partido Socialista, não
se percebendo bem porquê, vai apresentar, afinal, umas propostas avulsas
atribuindo mais uns pozinhos aos mecanismos de proteção social criados e
mantidos pelos governos do PS.
Não parece nada de mais, mas para
este partido da oposição, sempre desconfiado das contas públicas, apesar destas
estarem certificadas por organismos nacionais e internacionais e refletirem um
défice insignificante e uma dívida pública inferior a 40% do PIB, faz o que
sempre dizia condenar: atirar dinheiro para os problemas.
Depois de fugir ao debate de
ideias e de soluções para os problemas dos Açorianos, o PSD está a enveredar
pelo caminho mais fácil: dizer apenas o que as pessoas gostam de ouvir.
3 de março de 2017
Carnaval é na Graciosa
Terminou mais um carnaval, época
de pura diversão com muita música, cor e ritmo muito apreciados pelos
Graciosenses, os de cá e os que, estando fora, aproveitam esta altura do ano
para visitarem a terra que os viu nascer e os seus entes queridos.
Em alguns sítios o carnaval
desenrola-se em três dias. Na Graciosa são quase três meses. No dia 25 de
dezembro de cada ano abrem as “hostilidades” com o primeiro baile carnavalesco,
num qualquer clube ou filarmónica da ilha, que marca o início de um tão longo
como animado caminho que só terminará por volta da meia noite da terça-feira de
carnaval.
Ouvi de um Graciosense, dançarino
provecto, que a quarta-feira de cinzas era, para si, o dia mais triste do ano,
precisamente por marcar o fim desta folia que contagia toda a gente, incluindo
os que chegam de fora para, com os seus próprios olhos, confirmarem esta forma
peculiar e alegre de festejar o carnaval.
Os clubes organizam-se muito
cedo, preparando o seu programa com bailes cada vez mais frequentes conforme
nos aproximamos daquele fim de semana mítico. Os bailes estão marcados para os
diversos dias da semana, não havendo dúvidas sobre que dias da semana toca a
cada um, conforme manda a tradição.
Preparam as suas fantasias, onde
se incluem os convites informais aos figurantes, as escolhas das indumentárias,
as opções pelo tema musical e a decoração das salas. A seguir há ensaios para
acertar a coreografia, mais ou menos elaborada, que será exibida em todos os
outros clubes da ilha.
Este ano o carnaval Graciosense
contou com 650 figurantes nas 23 fantasias vindas de 8 clubes ou filarmónicas,
número que representa cerca 15% da população e muitos mais participaram nas
restantes atividades. Esta envolvência é, de facto, impressionante.
Por fim temos os bailes. Os
clubes e filarmónicas da ilha abrem as suas portas a toda a gente,
literalmente, para proporcionar noites de autêntica magia e diversão.
Na Graciosa o carnaval será
sempre assim, será sempre dos clubes e no futuro só poderá ser aquilo que os
clubes quiserem. E estará muito bem entregue.
17 de fevereiro de 2017
Um problema chamado Centeno
Mário Centeno é, como bem se
sabe, o ministro das Finanças de Portugal desde novembro de 2015, altura em que
foi encontrada uma solução governativa à esquerda no âmbito da Assembleia da
República
Este cargo é, com toda a certeza,
um dos mais difíceis de desempenhar em qualquer governo e ainda muito mais
complicado quando os recursos disponíveis são diminutos, incapazes de chegar
para todas as solicitações.
Mas o que é certo é que Mário
Centeno, apesar dos maus prenúncios da direita e da desconfiança dos organismos
internacionais, conseguiu ligar este governo aos melhores resultados do país
desde a estabelecimento da democracia em Portugal.
Reverteu os cortes cegos nos
salários e pensões, devolveu direitos há muito adquiridos, diminuiu o
desemprego, está a recapitalizar a Caixa Geral de Depósitos sem ajuda do
estado, não embarca na flexibilização da legislação laboral, descentraliza
importantes serviços, como os transportes públicos, recuperou a maioria da TAP,
vendida à pressa e em cima de eleições.
Estes feitos, que quase ninguém
acreditava, não beliscaram os compromissos internacionais assumidos e permitem ao
país, mesmo assim, sair do procedimento por défice excessivo.
Este sucesso inesperado representa
um preço muito alto para Mário Centeno e a direita portuguesa, desesperada e
embirrenta, quer agora cobrar através do ódio e de um julgamento de caráter na
praça pública, tudo por causa, imagine-se, de umas simples mensagens escritas.
Esta é uma vil forma de fazer
oposição quando pouco resta para contestar, mas tem sido esta a imagem de marca
desta direita que continua a viver sem qualquer ressentimento pelo mal que fez
aos portugueses nos últimos anos.
Para a oposição Mário Centeno é e
será sempre um empecilho, mas para os portugueses representa a estabilização do
país e a devolução da esperança.
10 de fevereiro de 2017
As três semanas que estão a abalar o mundo
No início de novembro de passado
ano os norte-americanos foram chamados para escolher entre os dois candidatos
que resistiram às eleições primárias.
Venceu Donald Trump que, apesar
de ter recebido menos votos populares, foi o candidato que maior número de
grandes eleitores conseguiu alcançar, facto que lhe atribuiu a vitória. Eram
estas as regras e quanto a isso nada há a dizer.
Depois da sua tomada de posse, o
atual inquilino da Casa Branca iniciou o processo de execução das medidas
estapafúrdias que tinha anunciado na sua campanha e que muita gente pensava que
não as iria pôr em prática, mas Donald Trump tem, de facto, sido coerente com o
que prometeu, infelizmente para todos nós.
Nos últimos dias determinou
proibir a entrada de pessoas de sete países por motivos de segurança e
curiosamente não há história de atentados terroristas perpetrados por pessoas
desses países nos Estados Unidos da América.
Vendo esta questão com maior
acuidade, verifica-se que muitas das pessoas que fogem da guerra, ou melhor,
das guerras que todos os dias destroem lares e infraestruturas básicas,
fazem-no devido também às bombas que os Estados Unidos da América e os seus
aliados espalham constantemente pelos países massacrados de tal maneira que não
oferecem condições de segurança e mesmo de sobrevivência aos seus cidadãos.
E isto quer dizer, em última
análise, que aquele país é um dos grandes responsáveis pelo enorme movimento
migratório que tem origem nas zonas de conflito e agora esta administração quer
lavar as mãos deste assunto como se nada tivesse a ver com isso.
Mas tem e muito. Em alguns casos aquele
país utilizou, perante os seus aliados, argumentos com base em ameaças inexistentes,
como foi o caso do Iraque, arrastando consigo outros países, uns mais
ingenuamente do que outros, para um autêntico pântano sem saída à vista.
Fala-se num tempo novo e que
temos de nos habituar a ele, mas custa ver o primeiro dignatário de um país com
enormes tradições democráticas, muitas vezes autointitulado polícia do mundo, lavar as mãos de responsabilidades advindas, a
maior parte das vezes, de atos de índole bélico, seus e dos aliados que
arrastam consigo, tentando ultrapassar de qualquer maneira os entraves legais
que, entretanto, vão surgindo, tudo isto de uma forma exageradamente explicita,
tal como acontece em programas televisivos de qualidade duvidosa.
Estas três semanas foram, de
facto, vertiginosas e não indiciam nada de bom para os próximos tempos.
3 de fevereiro de 2017
Amigos para sempre
“A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas.” (Bacon)
Hoje
estamos praticamente à mesma distância do dia dos amigos, já passado, e do dia
das amigas, que se comemora na próxima quinta-feira. Ambos se destinam a
celebrar a amizade, como é óbvio.
O
convívio que marca estes dias não é mais do que a oportunidade para dar ênfase
a tudo o que une os amigos e ajuda a manter viva a verdadeira amizade e a desvalorizar
tudo aquilo que a faz perigar.
Apesar
da construção da verdadeira amizade ser apanágio dos humanos, o maior desafio,
sobretudo nestes tempos de incertezas e competição desenfreada, é a sua
manutenção.
Contamos
com os amigos nas horas das vitórias, mas é nas derrotas que mais falta nos
fazem. Ter amigos é poder contar com apoio destes nas horas difíceis e nos
momentos em que mesmo a auto estima é posta em causa.
Ter
um amigo é sentir que, apesar do caminho ser longo, ao nosso lado temos alguém
que nunca nos abandona. Ter um amigo é ter alguém com o qual podemos pensar em
voz alta, é ter alguém que nos ouve.
Ser
amigo é confiar muito, compartilhar tudo, amparar sempre e ajudar a realizar os
sonhos de outro.
Um
amigo é um irmão, só que escolhido por nós. Por ter um irmão que é um grande
amigo e ter amigos que são grandes irmãos, digo, convictamente, que tenho os
melhores amigos do mundo…
(escrevi e publiquei este texto a 6/2/2006, mas por ser
atual gostava de o partilhar novamente)
27 de janeiro de 2017
A importância das Autarquias
Por
definição, as autarquias locais são entidades públicas que desenvolvem a sua
ação sobre uma parte definida do território, visando a concretização de
interesses próprios das populações aí residentes.
As
autarquias, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias, representam as funções
do estado mais perto das populações.
São
estas instituições que estão na linha da frente quando há uma catástrofe ou intempérie.
São elas as primeiras a acudir quem mais precisa. São elas as primeiras a ser
chamadas para colmatar dificuldades imprevistas das famílias.
É
a elas que recorre a população para resolver diferendos com a restante
administração pública. É a elas que o cidadão recorre quando tem dificuldades
no acesso à administração regional ou nacional. É a elas que muito gente
recorre para um desabafo ou apenas para receber alguma atenção.
Tratam
dos problemas relativos a proteção de pessoas e bens, de questões sociais, da
rede viária, da gestão dos resíduos, do investimento, do parque escolar, das
zonas balneares, dos cemitérios, dos parques de campismo, entre outros.
No
fundo, as autarquias locais tratam de tudo, ou quase tudo, que tem a ver com o
seu concelho ou com a sua freguesia.
A
Carta Europeia de Autonomia Local consagra o conceito de autonomia local como o
direito das autarquias locais regulamentarem e gerirem sob sua responsabilidade
e no interesse das populações uma parte importante das questões públicas. A
atual lei nacional apenas admite que o Governo exerça tutela administrativa
sobre as autarquias locais.
As
autarquias, sobretudo as mais pequenas, vivem com dificuldades. O seu fraco
poder financeiro e as fracas capacidades são quase todos direcionados para
diversas carências quer sociais, quer económicas, dos seus concelhos.
Sem
possibilidades de recorrer ao financiamento, sem capacidade de constituir um
quadro técnico abrangente, entaladas pela lei dos compromissos e sem receitas
fiscais importantes, as autarquias de menor dimensão vivem momentos desafiantes
que importa enfrentar com determinação.
Se
é verdade que as autarquias perderam poder e verbas nos anos de crise, não será
menos verdade que o Governo de António Costa se predispõe, desde já, a atribuir
mais competências e os correspondentes meios ao Poder Local já para o próximo
mandato, sendo este um voto de confiança importante nas próprias freguesias e
municípios.
No
entendimento deste Governo esta descentralização será uma parceria entre o estado
e as freguesias e resultará numa maior aproximação desse mesmo estado às
populações.
21 de janeiro de 2017
20 de janeiro de 2017
Gestão da quota do goraz
Nesta quinta-feira estivemos a
debater e a votar um Projeto de Resolução do Bloco de Esquerda que recomendava
ao Governo a concessão de apoio financeiro aos pescadores e armadores devido à
cessação temporária da pesca do goraz de 15 de janeiro a 29 de fevereiro com
recurso a fundos com origem comunitária.
Defendi que, em primeiro lugar,
esta proposta não fazia qualquer sentido depois do consenso alargado que foi
encontrado na passada segunda-feira à volta da gestão da quota do goraz.
Em segundo lugar, este Projeto de
Resolução, se vingasse, pressupunha o reconhecimento de um problema biológico
grave no stock desta espécie e isso
implicaria, de imediato, ficarem os Açores sujeitos a novos cortes na atual
quota, que já é insuficiente, como bem sabemos.
Segundo o regulamento do Fundo
Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, uma paragem com concessão de apoio
implicaria a interrupção total da atividade dos beneficiários.
Como é conhecido, os barcos
açorianos que se dedicam à pesca do goraz, não o fazem em exclusividade.
Este tipo de pesca, quer com
linha de mão ou com palangre de fundo, captura também outras espécies
demersais, o que quer dizer, em última análise, que uma paragem apoiada teria
de ser total e implicaria rotura no abastecimento de peixe no mercado, pondo em
causa toda a fileira, onde se incluem as empresas que comercializam e
transformam o pescado.
Este problema da escassez de
pescado, nomeadamente de tunídeos e lulas, que poderiam muito bem compensar a
redução da quota do goraz, não se resolve apenas com compensações financeiras,
mas antes com políticas de valorização do produto, diversificação das pescarias
e criação de outro tipo de rendimento através de mecanismos já existentes,
acompanhado de medidas de abate de embarcações e, consequentemente, redução do
número de pescadores.
O Governo, desde há muito, criou
apoios à fileira para reduzir custos de contexto. Esses apoios continuam a
fazer sentido nesta fase em que a perda de rendimentos é uma realidade.
Perante este problema o Governo
agiu e juntou os parceiros sociais para encontrar soluções.
É por aqui que devemos ir. Resolver internamente as questões
da gestão da quota atribuída e, devido a essa imposição, ganhar mais pescando o
mesmo.
13 de janeiro de 2017
Mário Soares
No passado dia 7 de janeiro, aos
92 anos de idade, faleceu o Dr. Mário Soares, uma das maiores figuras da
democracia portuguesa.
Antes da revolução dos cravos foi
um grande ativista político que tentou combater o anterior regime e defendeu,
como advogado, diversos presos políticos, condições que o levaram à prisão,
pelo menos 12 vezes.
Não se intimidou e lutou sempre.
Arrancado da sua família foi obrigado ao desterro e ao exílio. Foi co-fundador do
Partido Socialista em 1973, em França, e regressou a Portugal logo a seguir à
revolução de Abril de 1974.
Político com rara intuição, atuou
com sabedoria para garantir a liberdade e evitar outros tipos de ditadura que a
extrema esquerda desenhava para o país no verão quente de 75.
Adepto do pluralismo partidário,
incentivou o surgimento de novas formações partidárias, quer à sua direita,
quer à sua esquerda, atuando sempre com desprendimento e sem qualquer obsessão
pelo poder.
Foi ministro em alguns governos
provisórios, primeiro-ministro em três governos constitucionais, Presidente da
República em dois mandatos e eurodeputado. Inaugurou uma nova maneira de fazer
política de proximidade, as presidências abertas, percorrendo todo o país para
ouvir diretamente as preocupações e anseios das populações.
Lutou sempre por aquilo em que
acreditava. Foi acutilante, mas sabia e gostava de ouvir. Nunca se vergou ao
poder económico. Respeitou sempre quem não pensava como ele.
Foi o político que mais vezes foi
a eleições e que mais votos recebeu. Homem do mundo, foi pela sua mão que
Portugal entrou na Europa, contribuindo para a modernidade de um país que foi,
até 1974, cinzento e com o futuro adiado.
Morreu o Homem, resta-nos o seu
vasto legado.
6 de janeiro de 2017
Ano Novo, outra vez
No fecho de um ano e no início de
outro acontece sempre o mesmo. Fazem-se os habituais balanços do passado
recente e perspetiva-se o ano que começa, com mais ou menos promessas, também
habituais, que podem implicar mudança de vida ou, pelo menos, mudança de velhos
hábitos, dando razão à expressão “ano novo, vida nova”.
É verdade que o passado pouco
interessa e que é sempre melhor olhar para a frente, a não ser que nesse
passado tenham existido eventos com potencialidades para marcar ou condicionar
o nosso futuro.
A nível internacional é o que se
vê. Guerras em vários cantos do mundo, permanentes ameaças terroristas, tudo
isto temperado por uma crise económica sem fim à vista.
Em breve haverá o render da
guarda na pretensa polícia do mundo e os novos inquilinos, que desfilam
diariamente nas televisões, prometem polémica e uma preocupante ação mais
musculada.
A mediar os conflitos pelo mundo
vamos passar a ter António Guterres, recentemente empossado Secretário-geral da
ONU. Já afirmou não ser milagreiro, mas acreditamos que tudo fará para tornar o
mundo mais seguro.
No país, a dupla António Costa e
Carlos César fez passar mais um orçamento, negociando à esquerda, num exercício
democrático em que poucos acreditavam.
Esta solução, que tem viabilizado
políticas mais amigas dos Portugueses e revertido medidas injustas, foi
diabolizada pelos que preferiam outro caminho, mas agora é reconhecida, até por
organismos internacionais, como uma boa solução. É o renovar da esperança.
Na Região os Açorianos foram
chamados, a 16 de outubro, para julgar a governação de Vasco Cordeiro. Foi uma
vitória retumbante que alguns tentaram menorizar com o fantasma da abstenção,
curiosamente os mesmos que utilizaram a abstenção na campanha para minimizar a
derrota que se adivinhava. Foi o renovar da confiança.
Bom ano.
Subscrever:
Mensagens (Atom)