O Sport Clube Marítimo conta já com um vasto palmarés nos seus 54 anos de existência.
Depois de se filiar na Associação de Futebol de Angra do Heroísmo em 1978 este clube venceu diversas provas locais, mas é no dia 1 de Maio de 2005 que alcança o auge ao sagrar-se campeão da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo, feito nunca antes atingido por um clube local e que lhe conferiu o direito de participar na Série Açores da III Divisão Nacional de Futebol, onde permaneceu durante 3 épocas desportivas (2005/2006, 2006/2007 e 2007/2008).
Depois de passar por momentos menos bons e pelas tradicionais crises directivas, que, inclusivamente, o levaram a encerrar as portas ao desporto, o clube reinicia a sua actividade desportiva e acaba por ganhar a prova que dá acesso à Taça Região Autónoma dos Açores.
No passado dia 11 de Junho, e depois de eliminar os representantes da Ilha Terceira (Lajense) e da Ilha de S. Miguel (Desportivo de S. Roque), o Sport Clube Marítimo venceu a Taça Região Autónoma dos Açores, perante o Marítimo Velense de S. Jorge.
Este feito desportivo é relevante, especialmente para uma ilha pequena como a nossa. Na Graciosa o campo de recrutamento de atletas para a prática desportiva é muito menor, agravado pelo visível envelhecimento da população e pela saída da maior parte dos jovens quando completam o 12º ano.
Incrivelmente a comunicação social nada fez e nada divulgou sobre esta conquista, pelo menos em tempo útil. Grande parte da comunicação social ainda não sabe lidar com a insularidade. Não sabe nem quer saber.
É certo que os órgãos de comunicação social privados fazem como e quando querem. Aí, como resposta, o que teríamos a fazer era não os ler, não os ouvir e nem os comprar, embora reconheça que tal desiderato é difícil de por em prática.
Agora quando se trata da comunicação social pública, aí já não há qualquer desculpa. Como se sabe estas empresas recebem financiamento do estado, e não é pouco, precisamente para fornecerem serviços muito mais abrangentes e equidistantes.
A RTP-Açores, que agora incluí a RDP-Açores, não está a prestar um bom serviço aos Açores quando esbarra em confrangedoras omissões de feitos perpetrados por Açorianos que, por acaso, vivem em ilhas mais pequenas.
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