Logo a seguir ao período de
convívio no seio familiar que o Natal proporciona e dos excessos gastronómicos
desta época sempre festiva, esta é a expressão que se repete vezes sem conta
quanto mais nos aproximamos do ano que se segue e que todos desejam que, pelo
menos, não seja pior do que o presente.
É por estes dias, em todos os
anos das nossas vidas, que renovamos intenções ou lançamos desafios, sempre num
sentido positivo.
O final do ano é também propício
a balanços, da vida e da política, e há para todos os gostos, feitos por
jornais, revistas, rádios ou pelas televisões.
Este 2011 não deixará muitas
saudades, muito por culpa desta crise que assola a Europa ao ponto de por em
risco uma das suas maiores conquistas: o euro.
Vários países mudaram de governo
sem chamar o povo a eleições, lembrando a suspensão da democracia desejada pela
Dra. Manuela Ferreira Leite, há uns tempos atrás. Alguns países entraram numa situação
complicada em termos financeiros, enquanto outros, mais poderosos que os
primeiros, ouvem, quase diariamente, soar o alarme do perigo que os persegue.
Vivemos tempos de incerteza e de
grande complexidade. Vivemos tempos difíceis, é certo, mas nada justifica o
governo deste rectângulo à beira mar plantado atirar a toalha ao chão e encher
as televisões de desesperança e pintar a negrume o futuro. Nada justifica indicar
a porta de saída aos professores e aos jovens, como a grande solução para os
seus problemas. Nada justifica atacar os funcionários públicos,
sobrecarregando-os fiscalmente criando assim desigualdades inaceitáveis. Nada
justifica atacar de modo inqualificável a classe trabalhadora como se esta
fosse a culpada de todos os males.
Este tempo que antecede a entrada
do novo ano serve para exteriorizar os desejos que se acalenta ao longo do ano.
Serve também para renovar a esperança e almejar um futuro melhor.
Não deixem que nos tirem isso.
Sem comentários:
Enviar um comentário