O Partido Socialista passou, nos
últimos tempos, por uma fase de clarificação interna muito importante e
inédita. Independentemente de se concordar ou não com a forma da escolha do
candidato a primeiro-ministro do nosso País, este foi um método arrojado e que,
com toda a certeza, fará escola para os partidos que tem de tomar idênticas
opções.
António Costa ganhou por uma
maioria inequívoca num universo de cerca de 175 mil eleitores, entre militantes
e simpatizantes do partido.
Esta enorme afluência às urnas
por parte de militantes e simpatizantes é a demonstração que o país está unido
e apostado numa mudança de políticas e de protagonistas.
Depois de passada a refrega
eleitoral, António Costa tem pela sua frente o desafio de unir o Partido
Socialista à volta da uma liderança forte e inclusiva, aproveitando as
capacidades dos militantes, simpatizantes e independentes, para elaborar um
programa de governo galvanizador, capaz de envolver os Portugueses.
Este governo ainda em funções, da
dupla Passos Coelho e Paulo Portas, impôs enormes sacrifícios aos Portugueses,
muito além do exigido pela troika. O
povo ficou muito mais pobre e sem vislumbrar as melhorias na economia, como foi
apregoado, e que lhe dessem outras perspetivas para um futuro melhor.
As reformas anunciadas para
viabilizar o país não passaram de despedimentos, cortes salariais, reduções nos
benefícios sociais, aumento de impostos e encerramento de serviços. O País
virou reino da incerteza e do descrédito.
Portugal precisa de um projeto político
novo, com pessoas e para as pessoas. Portugal tem de oferecer um futuro melhor
aos mais novos, recuperar a classe média, deixar os idosos viverem com a dignidade
que merecem ter e apoiar os mais frágeis da sociedade. Portugal tem de salvar o
estado social, uma das mais importantes conquistas de Abril.
António Costa tem capacidade para
mobilizar Portugal e renovar a esperança num futuro melhor.
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