Estamos a discutir o Plano e
Orçamento Regional para 2015 que será votado na próxima madrugada na Assembleia
Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Nestes momentos de discussão é
normal registarem-se tentativas de alguns partidos políticos de chamar a si a
paternidade das coisas boas e enjeitar responsabilidades nas menos boas.
O PSD, sempre à espreita de uma
boa oportunidade para “cavalgar a onda”, apresentou-se como o pai de diversas
coisas, boas, como convém.
Esta ilusão com que embala o
sonho de algum dia vir a ser governo não é coisa inocente, porque de inocente o
PSD-Açores nada tem.
As novas obrigações de serviço
público de transporte aéreo são um exemplo, mas podia citar outros.
Vendo que a coisa estava quase
resolvida, o PSD-Açores, pela boca do seu líder, chegou-se à frente e, numa
atitude incompreensível, chamou a si a paternidade desta importante conquista
que é, afinal, dos Açorianos e só deles.
Depois de anos na gaveta, só
agora o Governo da República deu seu acordo esta pretensão do Governo dos
Açores.
Curiosamente este passo em frente
nas negociações e a aceitação de limitar a tarifa máxima nos 134 euros, como
exigia o Governo Regional, só aconteceu recentemente depois da saída do Ministro
da Economia, do PSD, e a entrada do Ministro Pires de Lima que é, como se sabe,
do CDS-PP.
Como já foi reconhecido
publicamente, só com a chegada deste novo governante é que foi possível
assistir a novos desenvolvimentos que, de outro modo, não teriam saído da gaveta.
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