A oposição tem por hábito atacar
o Governo Regional pela crise que afeta a Região Autónoma dos Açores, tentando,
a todo o custo, desligar a nossa situação com o que se passa no resto do País e
por essa Europa fora.
A esse propósito, foi utilizada,
por um lado, uma suposta afirmação do anterior Presidente do Governo de que a
crise não chegaria aos Açores e, por outro, foi enfatizada a taxa de desemprego
e, no entendimento do PSD, a anemia no investimento que se tem verificado nos
últimos tempos.
Para começar, se a oposição
quisesse ser verdadeira, teria dito que Carlos César, aquando do surgimento
desta enorme crise a nível de Portugal e da Europa, afirmou, tão só, que o seu
Governo tudo faria para que esta chegasse mais tarde aos Açores. Esta é a
verdade.
E foi isso que aconteceu e é isso
que o Governo de Vasco Cordeiro está a fazer. Alocar verbas para apoiar as
famílias e as empresas, de modo a manter o consumo e conservar postos de
trabalho, tem sido uma prioridade, quer a oposição goste ou não. O reforço dos
apoios sociais e a reposição dos cortes impostos por Lisboa têm sido
fundamentais para minimizar os efeitos desastrosos da austeridade.
Relativamente ao investimento, ou
à falta dele, o PSD, interpelante nesta discussão, devia queixar-se a Passos
Coelho. Foi o seu Governo que, com a sua férrea vontade de ir mais além do que
a troika, reduziu drasticamente o
investimento privado e condicionou o investimento das autarquias locais. O
Governo Regional fez a sua parte ao manter o mesmo nível de investimento para
não agravar ainda mais a situação.
No que se refere às questões que
envolvem o aumento do desemprego, que tem merecido uma forte crítica do PSD, o
Governo e o Partido Socialista que o suporta reconhecem que é um problema grave
que tem origem em diversos fatores, sobretudo externos e já referidos. Houve
uma destruição de emprego nestes anos de crise, sobretudo na construção civil e
isso constitui uma preocupação para qualquer cidadão consciente.
Mas nesta matéria de emprego o
Partido Socialista não recebe lições do PSD. No último Programa Regional de
Emprego, que encerrou em 2008, surgiram mais 21.433 ativos e um incremento de
mais 39% de mulheres e mais 55% de jovens no mercado de trabalho. Esse é um
património que nos orgulha. Nessa altura o PSD nada disse e é por isso que,
também, nada se espera desse mesmo PSD quando se regista uma recuperação de
cerca de 3.900 postos de trabalho em 2014.
Curiosamente no Programa de
Emprego executado pelo PSD, é importante recordar, apenas se registou um
aumento de 30 ativos. É muito pouco para um partido que quer ser alternativa.
Relembra-se, também, que o PSD,
quando chamado a dar ideias para ajudar a resolver o problema, como proposta para
criar emprego apresentou uma que, afinal, tinha a ver com a exploração de
petróleo e hulha, atividades que por cá não existem nem nunca existiram.
Sobre o emprego o PSD, além da
anemia com que acusa os outros, sofre de amnésia profunda e, na hora de
apresentar ideias, demonstrou uma enorme dose de distração que até deu pena.
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