Ontem começaram as operações das companhias aéreas de baixo
custo nos Açores, permitidas pela liberalização de dois destinos: Ponta
Delgada, em S. Miguel, e Lajes, na ilha Terceira.
Num primeiro momento as companhias, que passaram a viajar
para a região, optaram por fazê-lo apenas para o aeroporto João Paulo II, por
razões estratégicas, com certeza.
Neste novo modelo, que já ouvi chamarem revolução, com toda a
razão, garantirá aos Açorianos uma proteção especial no custo das passagens,
que não poderá ultrapassar 134 euros para os residentes e os 99 euros para os
estudantes, seja qual for a opção do aeroporto de saída.
Quando a Região Autónoma da Madeira liberalizou o seu espaço
aéreo houve quem defendesse o mesmo para os Açores, muito embora agora todos
percebam que o nosso modelo em nada se assemelha ao do arquipélago vizinho, que
não garante qualquer tipo de proteção aos seus habitantes.
É importante reter, neste novo esquema de acessibilidade, que
o destino Açores é único e um turista que queira fazer as suas férias na Ilha
Graciosa paga exatamente o mesmo do que se fosse para S. Miguel. Os residentes
podem optar pela gateway que lhe for
mais em conta, seja pela Terceira, Pico, Faial, Santa Maria ou S. Miguel, escolhendo
a companhia que mais lhe convier, normal ou low
cost, tendo sempre a certeza que, caso o seu bilhete custe mais do que os
valores referidos, pode fazer o reembolso da diferença numa estação dos CTT,
logo depois de iniciada a viagem.
Outro dado importante tem a ver com os reencaminhamentos. Um
voo Graciosa para Lisboa, Porto ou Funchal tem exatamente o mesmo preço do que
se a partida ocorresse em S. Miguel.
Este novo modelo permite a competitividade das empresas aéreas
e aeroportos ao mesmo tempo que garante um preço máximo razoável para
residentes e estudantes.
É caso para concluirmos que, a partir de agora, nada será como
antes. Mais facilidades na mobilidade dos Açorianos e maiores oportunidades
para quem nos quer visitar, serão os resultados desta liberalização.
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