Na passada quarta-feira esteve na
Assembleia Legislativa uma delegação da Comissão das Pescas do Parlamento
Europeu que visita os Açores, para conhecer a realidade deste sector importante
para a nossa economia.
No encontro os deputados
Açorianos, de todos os partidos, tiveram a hipótese de transmitir a sua visão
sobre a fileira da pesca e as suas preocupações.
Uma das questões levantadas teve
a ver com as quotas impostas pela União Europeia aos pescadores dos Açores e
que, obviamente, têm de ser respeitadas.
A recente redução da quota do
goraz vai penalizar algumas comunidades piscatórias que dependem muito desta
espécie, sobretudo no próximo ano, em a quota será novamente reduzida. São os
casos do Corvo, Flores e Graciosa.
Como é do conhecimento geral, as
artes de pescas utilizadas maioritariamente pelos profissionais do sector
nestas ilhas, são artesanais e, como tal, de impacto muito menos agressivo na
vida marinha. A maioria da nossa frota tem menos de nove metros de comprimento
e pesca, sobretudo, com linhas de mão.
A gestão dos stocks é uma obrigação de todos: começando nos decisores políticos,
passando pela comunidade científica e acabando nos pescadores e as suas
associações representativas. Todos devem ter presente que este tema tem de
merecer um cuidado estudo e posterior acompanhamento para garantir a
sustentabilidade da atividade.
Foi com satisfação que, no final
da visita, ouvimos a Vice-presidente da Comissão das Pescas do Parlamento
Europeu admitir alterar os atuais critérios, reconhecidos por muitos como
injustos, para a atribuição das quotas nos Açores, recompensando com mais quota
os que utilizam métodos de pesca mais seletivos.
É por estas e por outras que é
importante conhecer a realidade.
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