Não é a primeira vez que isso
acontece, nem será a última, com toda a certeza. O PSD de Duarte Freitas vota
favoravelmente os cortes nos apoios sociais no país e aqui nos Açores quer dar
lições de como bem-fazer.
Mas esta postura não ocorre
apenas quando estamos perante as questões sociais. Aconteceu quando se discutia
a RTP-Açores ou a Universidade dos Açores. Aconteceu também, mais recentemente,
com o novo modelo de mobilidade aérea.
No caso do financiamento do
serviço público de televisão ou do financiamento do ensino público, o
PSD-Açores sempre quis que o Governo dos Açores resolvesse as questões
relativas àqueles organismos mesmo sabendo que essa era a responsabilidade da
República. No caso do novo modelo de mobilidade aérea basta lembrar a ideia de
Berta Cabral, em 2012, para a qual a solução seria reservar parte do orçamento da
Região para financiar o que é, afinal, obrigação do Estado Português.
No Parlamento Açoriano
discutiu-se um pacote de três propostas do PSD na área social que, segundo o
partido proponente, decorreu de uma profunda reflexão junto de várias
instituições de solidariedade social dos Açores.
Uma delas, ficou a saber-se, era
uma cópia da legislação nacional e as restantes referem-se a temas que se
encontram em fase de análise e estudo numa estrutura de missão criada
exatamente para esse efeito e que, inclusivamente, já produziu trabalho com
aplicação prática.
Todas as propostas merecem a
melhor atenção dos eleitos, mas, por vezes, parece que se propõe só porque sim.
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