Assistimos recentemente à visita
da Ministra da Agricultura e do Mar que veio à Região tratar de assuntos
ligados ao sector agrícola, área de vital importância para a economia dos
Açores.
Os Açorianos esperavam que aquela
governante também viesse tratar de assuntos ligados ao mar e às pescas, áreas
que também tutela, mas sobre essas questões, também elas relevantes, nada
disse.
Esta falha, propositada ou não,
leva-nos a acreditar que a Ministra quer evitar abordar, com as autoridades
regionais, temas importantes que devem ser clarificados o mais rapidamente
possível, como a lei do ordenamento do espaço marítimo, a lei de bases dos
recursos geológicos e a lei das áreas marinhas oceânicas.
São conhecidas as divergências no
entendimento que o Estado e a Região mantêm sobre questões que envolvem a
gestão partilhada e a forma como os Açores podem projetar o país no que
consiste a assuntos do mar.
A Região Autónoma dos Açores tem
mais de dois terços do mar do país e não pode, nem deve, abdicar dessa condição
que a geografia lhe confere, mesmo contra as ideias centralistas que surgem nos
ministérios de Lisboa.
Como diz o nosso povo, a
esperança é a última a morrer. Esperemos que a Ministra venha cá novamente e
traga na sua bagagem boa vontade para pôr em prática a revolução na economia do
mar muito prometida pelo seu governo mas cujos resultados tardam em aparecer.
Contamos também que a Ministra
venha aos Açores apresentar, pela primeira vez no país, o Roteiro Nacional do
Mar, tal como referiu informalmente, reconhecendo, com este gesto, a
importância estratégica do mar dos Açores na projeção atlântica de Portugal.
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