Há 41 anos os militares de Abril,
numa revolução de cravos vermelhos, devolveram a liberdade ao povo de Portugal
depois de um período de outros tantos anos sob um regime político de cariz
fascista em que imperava o autoritarismo, a autocracia e o corporativismo.
Os nobres valores conquistados
naquela primavera de 1974, como o acesso à educação, à saúde e à justiça, importantes
pilares do estado social, deram ao povo português a esperança de um futuro melhor.
Mas a vida dá muitas voltas, como
sabemos.
Nos últimos quatro anos, a
direita que tem governado Portugal desencadeou um feroz ataque às conquistas de
Abril como nunca se viu, ao mesmo tempo que empobrecia os Portugueses por força
dos cortes nos salários e pensões e convidava os jovens a procurarem um futuro melhor
fora do seu país.
O próximo primeiro-ministro terá
a enorme tarefa de reabilitar o estado social e devolver a esperança aos
Portugueses.
O Partido Socialista, pela mão de
economistas de várias tendências, apresentou um relatório, denominado “Uma
década para Portugal”, onde se percebe, e se prova com números, que existe um
outro caminho alternativo a esta desmesurada austeridade, sem beliscar os
direitos fundamentais dos cidadãos.
Este documento, que não é nem
pretende ser um programa de Governo, traça um cenário com medidas devidamente quantificadas
que garantem uma execução orçamental equilibrada e de acordo com os
compromissos decorrentes da nossa condição de estado membro da União Europeia.
Lá para setembro (ou outubro)
todos os Portugueses terão a hipótese de optar por um de dois caminhos: o que
nos dá mais do mesmo e outro que renova a esperança num Portugal melhor.
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