Ao longo da vida todos nós já
encontramos pessoas que pensam ser o centro do mundo, pensam que tudo gira à
sua volta e são incapazes de discernir a realidade.
Na política essa visão também é percetível
e, infelizmente, tem sido mais notória nos últimos tempos e tende a agravar-se
com o aproximar das eleições regionais.
A liderança do PSD, aconselhada
pelos “sábios” de serviço, tem feito um grande esforço para se colar às coisas
que vão acontecendo no arquipélago, as boas, porque das outras nem querem
saber.
Vimos isso na negociação das
novas acessibilidades aéreas, vemos isso na redução de impostos e em tudo o
mais que tem corrido bem.
O líder do PSD nas últimas
jornadas do seu grupo parlamentar, voltou à carga e chamou a si algumas
vitórias recentes, como a redução do preço das acessibilidades aéreas e o alívio
da carga fiscal.
Esta obsessão tem-lhe saído cara,
porque as pessoas realmente esclarecidas e que acompanham estes processos sabem
que estas coisas são tratadas a nível institucional e que este aproveitamento é
indecoroso e desnecessário, além de ser ridículo.
Se de facto o líder do PSD-Açores
tivesse esse poder de influenciar o governo de Pedro Passos Coelho porque não o
fez quando fecharam tribunais nos Açores ou as repartições de Finanças? Porque
não pressionou o governo central para não encerrar o posto policial de Rabo de
Peixe? Porque não conseguiu convencer Passos Coelho que devia colaborar nas
intempéries que assolaram a Terceira e S. Miguel, na mesma proporção que fez
para a Madeira? Porque não influenciou o governo a pagar o serviço público de
transporte aéreo entre as ilhas dos Açores, tal como o faz para as ligações
entre a Madeira e Porto de Santo? Porque não consegue pilotos para as aeronaves
da Força Aérea que fazem evacuações nos Açores? Porque não arranja solução para
a RTP-Açores ou para a Universidade dos Açores?
Esta sede de se colar aos
sucessos do Governo dos Açores, que afinal são vitórias de todos nós, tem muito
que se lhe diga, sobretudo quando as coisas dão para o torto.
Veja-se o processo da Base das
Lajes. O líder do PSD, apesar de ser informado regularmente pelo Governo dos
Açores dos seus desenvolvimentos, tenta sempre fazer uma espécie diplomacia
paralela e pôr-se em bicos dos pés para aparecer na fotografia ao ponto de ter
anunciado um encontro com um congressista dos Estados Unidos da América que,
afinal, já tinha morrido uma semana antes.
A necessidade de aparecer tem
destas coisas…
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