Este ano, pelos 47 bailes organizados pelos Clubes e Filarmónicas neste período carnavalesco, desfilaram 576 figurantes, de todas as idades, integrados em 22 fantasias, espalhando alegria e, sobretudo, muita cor. E a assistir eram muitos mais, com certeza.
Para além destas manifestações tradicionais ainda fez parte do programa um Bailinho de Carnaval, que, pelo segundo ano consecutivo, divertiu os espectadores com a usual sátira social e ainda o desfile das escolas da ilha e as apresentações no Pavilhão Municipal, que voltou a encher de gente.
Se alguém ainda tinha dúvidas aqui fica a confirmação: o Carnaval é uma das festas mais populares na Ilha Graciosa e é transversal à nossa sociedade, pois agrada a crianças, jovens, adultos e idosos.
O sucesso desta manifestação, já muito antiga, contradiz também aqueles que estão sempre a adivinhar uma crise generalizada no dirigismo das associações desportivas, culturais e recreativas da nossa ilha.
Aliás, sempre me lembro de ouvir falar nesta crise repetidamente anunciada. É certo que ao longo destes últimos anos ouviu-se falar em falta de gente interessada em conduzir os destinos deste ou daquele clube, assistiu-se ao encerramento temporário de uma ou de outra colectividade, mas são sempre situações pontuais e por isso a generalização é uma forma incorrecta de apresentar este problema.
O que constituí um facto indesmentível é que as instituições funcionam e vivem, neste momento, um ciclo positivo, a meu ver. Inclusivamente, assistimos, com grande satisfação, ao ressurgimento de um clube que esteve inactivo durante algum tempo.
Os actuais dirigentes das nossas instituições, habituados a enfrentar desafios e a nunca desistir perante as primeiras dificuldades, meteram mãos à obra e ergueram um Carnaval bonito e alegre, com salas bem decoradas e fantasias a condizer, com só eles sabem.
É assim, com gente desta e com muito trabalho, persistência e optimismo que se constrói o “Melhor Carnaval dos Açores”.
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