Os períodos pré-eleitorais são sempre momentos especiais e, normalmente, registam motivos de interesse, quer por parte da comunicação social, que por parte dos cidadãos, que nessas alturas estão mais despertos para questões de índole política.
É sabido que é nessa altura que os políticos dos diversos partidos compilam as medidas a apresentar ao eleitorado. Os programas são preparados de forma mais ou menos reservada, mas logo há a pressa de os fazerem chegar a casa dos eleitores para leitura e reflexão. Os programas são sempre apresentados num formato mais ou menos solene porque estes são os principais instrumentos do processo que leva à escolha das melhores opções para a freguesia, câmara, região ou país.
Embora ainda estejamos longe das eleições regionais de 2012, o PSD já anda num frenesim, ou, como quem diz, em campanha eleitoral pura e dura, construindo uma imagem de provedoria de qualquer descontentamento que se lhe depare pela frente. Esta táctica talvez no passado tenha dado alguns frutos, mas agora tenho a certeza que o povo, sábio como é, não vai em balelas.
Em 2008 assistimos, numa pré-campanha longa, a uma novidade: o candidato do PSD a presidente do governo, Costa Neves, afirmou que, caso vencesse as eleições, teria, com que por artes mágicas, a solução para a desertificação das ilhas mais pequenas. Não só não ganhou as eleições como também nunca foi capaz de partilhar esse segredo.
Agora é a vez de Berta Cabral. Não aprendeu a lição do seu antecessor. Agora, a líder do PSD declara que tem a solução para o flagelo do desemprego, que, como todos sabem, aflige a região, o país e o mundo.
Alguém ainda acredita neste tipo de actuação? Parece-me que não e estaremos cá para o comprovar em 2012.
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