Quanto mais perto do período
eleitoral mais as coisas mudam, já se sabe. Mais empenho, mais ideias, mais
opiniões, mais visitas, mais sorrisos, mais palmadinhas nas costas, enfim, os
partidos apresentam-se com uma dinâmica diferente, com mais disponibilidade e
com maior sensibilidade para resolver os problemas dos cidadãos.
Embora haja quem não concorde, esta
postura é perfeitamente normal nas democracias. É nessa altura, no fim das
legislaturas, que os partidos políticos tentam passar a mensagem do que
defendem e o que farão caso vençam as eleições. Esta estratégia, sendo bem
aproveitada, pode até contribuir para a conceção dos manifestos eleitorais,
amplificando, deste modo, a vontade popular.
O problema é que nem sempre é
assim tão linear.
Há gente por aí que teima em
recorrer a qualquer meio para tentar aproveitar estes momentos para espalhar
inverdades de variadíssimas maneiras. Umas vezes a coberto de formas oficiais e
outras não. Não sendo invulgar é, no entanto, um método indigno destinado a ludibriar
as pessoas mais incautas que se atemorizam com estas posturas. Socorrem-se de
outros que, por sofrerem de partidarite aguda, lhes passam informações de forma
deturpada, fruto de recalcamentos antigos.
É assim. Daqui para a frente vamos
ver um pouco de tudo, infelizmente. Desde falsificações de documentos até
conspirações para se ver quem se vai tramar a seguir, algumas consumadas nas
próprias instituições que lhes pagam os salários, vamos ver de tudo.
Não podemos, no entanto, permitir
que esta prática vingue. Os partidos da nossa praça devem condenar liminarmente
estes processos baixos e rejeitar esta gente que, sem ponta de coragem para
assumir o que fazem, refugiam-se nestes métodos muito pouco éticos.
Por isso é necessário estarmos
todos atentos e não deixar passar impunemente estas manobras, venham de onde
vierem. Uns serão responsabilizados politicamente à boca das urnas, enquanto os
outros terão de assumir as consequências dos seus atos.
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