A SATA iniciou a sua operação
comercial a 15 de Junho do longínquo ano de 1947. São quase 68 anos de
atividade dedicada ao transporte de passageiros e cargas.
A empresa foi sofrendo várias
alterações e consequentes adaptações ao aumento do tráfego que se registou
desde a sua formação. Em 1994 a SATA Internacional, empresa do grupo que
resultou da aquisição da Oceanair,
inicia também a sua atividade.
As duas empresas tem garantido as
ligações inter-ilhas e a acessibilidade ao Continente Português e às
comunidades Açorianas na diáspora.
Tem sido um inestimável serviço
prestado aos Açores e aos Açorianos que faz com que esta empresa seja, de
facto, uma marca prestigiada, interna e externamente.
É a maior empresa exportadora da
Região Autónoma dos Açores e tem um impacto importante na economia,
nomeadamente no emprego.
Com a entrada em vigor das novas
obrigações de serviço público e a liberalização de duas portas de entrada na
Região, Lajes e Ponta Delgada, já a partir de Abril próximo, a SATA tem de
reposicionar-se num mercado que aquela empresa conhece bem e que, sendo
aparentemente o mesmo, estará sujeito a novas regras.
A SATA fez o que tinha a fazer,
dadas as circunstâncias. Preparou um Plano Estratégico para o período 2015-2020
tendo em conta as contingências que a abertura de rotas a novas operadoras irão
provocar e reorientou toda a sua operação, abandonando rotas com pouco
interesse comercial e apostando no mercado da saudade e da macaronésia. Estão
também previstas a renovação da frota e a alteração da designação da SATA
Internacional para Azores Airlines.
Na passada sexta-feira esse
documento foi apresentado à Comissão Permanente da Economia da Assembleia Legislativa,
conforme havia prometido o Governo.
Esperava-se um intenso e saudável
debate sobre as opções, a estratégia e os meios inseridos neste documento
orientador mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu.
A atenção de alguns Deputados da
oposição voltou-se para a existência de um outro documento, mais extenso que,
tudo leva a crer, deverá ter servido de base ao documento final e que
inadvertidamente, ou não, foi tornado público.
No final ficamos sem saber o que
pensam os partidos da oposição sobre esta reestruturação e se a querem ou não.
A SATA é demasiado importante
para ser usada como arma de arremesso político.
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