O atual líder do PSD - Açores será,
ao que parece, o único candidato a um novo mandato como presidente daquele
partido.
No lançamento da caminhada para o
seu renovado mandato, o atual e, mais do que provável, futuro presidente do
PSD-Açores, agora um pouco mais conhecido fruto da campanha dos outdoors em todas as ilhas dos Açores, lançou
as ideias chave da sua candidatura.
Entre uma série de propostas, que
surgem naturalmente nestes períodos de definições partidárias, houve algumas, a
que denominou “reformas”, que chamaram à atenção dos mais atentos nestas coisas.
Uma delas passa pela redução do
número de cargos políticos na administração regional e pela extinção dos cargos
de delegados de ilha das secretarias regionais.
Se pudéssemos recuar a 2011,
certamente iriamos encontrar declarações de Pedro Passos Coelho, o seu amigo de
Lisboa, que iam também nesse mesmo caminho, defendendo a ocupação de cargos
apenas pelo mérito profissional e não pela cor do cartão partidário. O que se
viu foi precisamente ao contrário e esse facto é público. Ainda recentemente o
país ficou a saber que os cargos de chefia da Segurança Social foram todos
ocupados por gente ligada ao PSD e ao CDS-PP. O mérito ficou à porta…
Ainda sobre esta questão,
populista e demagógica, o presidente do PSD deve entender-se com o seu líder
parlamentar, curiosamente a mesma pessoa, porque a prática deste partido não
parecer ser assim tão consentânea com aqueles ideais.
Quase à mesma hora desta terça-feira em que Duarte Freitas apresentava a sua candidatura, o seu PSD na Assembleia propunha a criação de uma unidade técnica para acompanhar o sector público empresarial da Região.
Na tarde de ontem, quarta-feira,
o PSD propôs a criação de mais uma unidade técnica, desta vez para apoiar o
orçamento.
Estamos assim. Um dia o PSD
liderado pelo presidente do partido, Duarte Freitas, quer reduzir em tudo, no
dia seguinte, ou até no próprio dia, o mesmo PSD em Plenário, liderado pelo
líder parlamentar, o mesmo Duarte Freitas, quer mais serviços e, por
conseguinte, mais despesa.
Em que ficamos?
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