Ao procurar-se o significado de
política ou de fazer política encontramos várias definições, desde “ciência de
governação”, passando por “arte de negociação para compatibilizar interesses” e
até “ciência que busca estabelecer mecanismos que permitam a construção
coletiva do bem comum”.
Fazer política não é só fazer
campanha eleitoral, votar, ser eleito e responder ao eleitorado. É, de facto,
muito mais do que isso. Participar nos debates de assuntos de interesse
público, influenciar ou tentar influenciar nas questões mais corriqueiras do
dia-a-dia, manter-se atento e participativo no que se passa na comunidade, são
também formas de exercer os direitos cívicos e, no fundo, fazer política.
Visto por este prisma chegamos à
conclusão que, afinal, todos fazemos política, de uma maneira ou de outra,
muito embora muitos jurem a pés juntos que não o fazem.
Nesta busca por conceitos mais ou
menos definidos, porque, como em tantas outras coisas, o seu significado não é
linear, não encontramos lugar para encaixar aqueles que fazem da política um constante
deita abaixo ou se entretém a puxar para trás.
Infelizmente quanto mais nos
aproximamos do período eleitoral mais baixo voam as negras aves da desgraça à
espera que algo corra mal, para logo desferirem os seus ataques.
Esta espécie de política feita às
avessas é capaz de, em certos momentos, dar notoriedade aos seus autores, mesmo
que efémera, mas, certamente, não contribuirá para o bem coletivo, que é, no
fundo, aquilo que os deveria motivar.
É pena que alguns partidos, em
círculos bem definidos e em pleno século XXI, façam dessa prática o seu modo de
vida.
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