25 de janeiro de 2011

As Presidenciais

No passado dia 23 de Janeiro decorreram as eleições para o mais alto cargo do nosso país.

É uma eleição importante, não só por aquilo que representa, mas também pela percepção que as populações têm do exercício do cargo que é, como quem diz, um garante do funcionamento da democracia e das instituições e o desempenho de forma equidistante que esta entidade mantém, ou pelo menos deve manter, nas suas funções.

O professor Cavaco Silva foi o vencedor deste acto, muito embora se tenha assistido a uma elevada abstenção. Este último facto, quanto a mim, não retira qualquer legitimidade a esta vitória, mas dá que pensar, como muita gente reconheceu no próprio dia da contagem dos votos.

A oposição, nas eleições regionais de 2008, questionou a vitória e a legitimidade do PS, porquanto só teriam votado 90.030 eleitores dos 192.943 inscritos. E agora, o que dizem os mesmos experts quando só votaram 68.961 açorianos dos 221.626 inscritos?

Cada eleição é uma eleição e as eleições Presidenciais são isso mesmo: elegem o mais alto magistrado da nação e o povo tem por hábito reeleger quem fez um primeiro mandato.

O povo é soberano e já não vai em conversas. Temos constatado que esse mesmo povo tem escolhido de livre vontade e é por isso que existem oscilações entre actos eleitorais, ao contrário do que acontecia no passado em que as intimidações e as ameaças, como aquelas que se ouviram durante décadas, como sejam a perda das reformas (a mais usada), ou a perda das contribuições nos medicamentos, duas questões muito sensíveis, pelo menos para os mais idosos e os mais desprotegidos. Sei que há muita gente que gostava mais com era no passado. Paciência!

Tentar extrapolar os resultados desta eleição para outras é um erro de palmatória. Essa ideia foi reconhecida pelos dirigentes nacionais do PSD, que, logo em cima do acontecimento, fartaram-se de lembrar e relembrar que esta eleição não poderia ser considerada uma espécie de primeira volta de outro escrutínio qualquer.

Infelizmente por cá, nos Açores, o PSD não seguiu esse raciocínio sensato e logo houve quem se quisesse colar às vitórias de outros, numa tentativa de apanhar uma boleia, ou agarrar uma tábua em tempo de naufrágio.