29 de setembro de 2011

Intervenção de Bancada- Voto de Pesar - Luís Henrique Silva


O Grupo Parlamentar do Partido Socialista vai associar-se naturalmente a este Voto de Pesar apresentado pelo PSD.

Luís Henrique Silva, e conforme já foi referido no voto agora apresentado, exerceu diversos cargos no âmbito autárquico, na administração pública regional (como foi o caso da administração do Centro de Saúde), associativo e político, tendo sido Deputado nesta casa na oitava legislatura.

Era enfermeiro e ao exercer essa profissão nunca se limitou apenas à sua obrigação. Dedicou-se aos outros e a todos os que sofriam tinha sempre uma palavra de conforto e esperança.

Foi dinamizador da Feira Taurina até este ano e, mesmo doente, deu um contributo importante para o sucesso desta festa que é tão acarinhada naquela ilha.

Um dos cargos mais importantes que exerceu, e que não estava referido no voto, foi o de dirigente da Cooperativa Agrícola da UNICOL, numa altura complexa para a produção de leite e onde deu muito de si em prol dos agricultores Graciosenses.

Nas tertúlias em que participámos juntos estava sempre implícita a defesa da Graciosa e dos Graciosenses e essa posição ultrapassava as querelas que, por vezes, acompanham essas discussões.

Luís Henrique Silva partiu quando ainda tinha muito a dar à sua ilha.

Fica o seu exemplo e a sua dedicação. Fica também a saudade.

Assim, e como já foi referido no início, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista vai votar favoravelmente este Voto de Pesar.

O respeitinho fica muito bem


Mal o Presidente da República saía da Graciosa em direcção a S. Jorge, já o líder do PSD Graciosa, nessa qualidade, elaborava um comunicado espalhando duras críticas por aqueles que, segundo o seu infalível medidor de respeito, não dignificaram a visita do mais alto magistrado da nação a esta ilha.

Não contente com esta inexplicável apreciação, considerada por muitos como ridícula e extemporânea, retoca o texto e transforma-o, dias depois, em artigo de opinião que publica no Diário Insular e na Rádio Graciosa, alargando as críticas ao Presidente do Governo (pudera, aqui há mais leitores!) e acaba mesmo por chamar incompetente ao Presidente da Câmara.

Este partido político e o seu responsável já nos habituaram a estes remoques e a outros ímpetos, que muitas das vezes não leva a merecida resposta na volta, porque ninguém se quer confundir com este tipo de actuação.

O Professor Cavaco e Silva, na qualidade de presidente de todos os portugueses, merece o respeito, incluindo o institucional, mas é evidente que o Presidente da Câmara, como primeiro responsável autárquico, deverá merecer também a deferência que o cargo igualmente exige, naturalmente noutra escala.

E é aqui que o PSD Graciosa está em desvantagem: exige respeito, mas não respeita. Critica a falta dos deputados do PS em momentos da visita, mas por sua vez também faltou a pelo menos três itens do programa, talvez por serem empreendimentos do Governo Regional, sem receber da nossa parte qualquer censura por isso. Chama incompetente ao Presidente da Câmara, quando, e tendo em conta a sua apreciação crítica, o deveria ter feito a quem organizou a visita e propôs alguma distância e recato. Ironizou com as ofertas feitas ao ilustre visitante, quando podia ter proposto outras, porque os seus vereadores e o presidente da Assembleia Municipal também participaram nesta recepção.

Este azedume impresso num comunicado, primeiro, e replicado num artigo de opinião, depois, só demonstra que esta visita correu mal ao PSD. O Presidente da República, e quanto a mim muito bem, comparou aquilo que conheceu há vinte anos e o que viu agora e notou uma evolução que o terá agradado particularmente, conforme confessou. E isso calou fundo…

É visível que esta avaliação não terá satisfeito, de todo, os responsáveis do PSD. É a vida!

27 de setembro de 2011

RTP-A e RDP-A, que futuro?

Hoje o Parlamento Açoriano defendeu o serviço público de rádio e televisão nos Açores.Entretanto a luta continua, porque os centralistas não dormem...

22 de setembro de 2011

O outro lado do PECA


Na mesma altura em que o Plano Estratégico para a Coesão dos Açores (PECA) era apresentado e conhecido logo surgiram vozes apressadas na tentativa de desvalorizar este documento.
É preciso não esquecer que o PECA foi publicado na página do Governo e já nesse dia davam entrada nas redacções dos jornais artigos de opinião com duras críticas ao seu conteúdo, que haveriam de ser publicados no dia seguinte. 
É assim. Muita gente está contra só porque sim. Não interessa ler, reflectir, propor alterações ou enriquecer este plano. Só lhes resta mesmo falar mal, mesmo antes de conhecer o documento.
As críticas têm surgido, neste período de pré-campanha declarada, por forma a dar a entender que não existem políticas de coesão ou então que estas falharam.
Nada de mais errado. Ainda ontem o senhor Presidente da República tecia elogios à forma como os Açores se desenvolveram nos últimos vinte anos e, com toda a certeza, estava a referir-se também à Graciosa e Santa Maria, ilhas que já visitou neste périplo.
Nós passamos por uma fase em que o Governo dos Açores teve de investir nestas ilhas, substituindo os privados que, devido à incerteza do retorno do investimento em tempo útil, foram renitentes em apostar.
De seguida foram criados mecanismos de discriminação positiva, criando majorações nos apoios ao investimento, na habitação, no apoio à exportação de produtos tradicionais, nos programas estagiar L e T, no custo das passagens aéreas, etc., diferenciando assim o apoio público atribuído às famílias e às empresas das ilhas com menor dimensão.
Com o forte investimento governamental em áreas fundamentais tem sido possível melhorar as condições de vida dos Graciosenses.
Em 2008 o programa do Governo já previa elaborar um estudo destes, porque agora os desafios são outros.
Acompanhei o processo de elaboração do PECA desde o seu início e, confesso, sempre depositei esperança neste trabalho, tendo em conta o desenvolvimento da Graciosa.
Não esperei por uma solução milagrosa, porque tenho consciência de que ela não existe. Se assim fosse já outros, aqueles que agora criticam, o teriam feito no passado.
O PECA não induz uma directiva infalível rumo ao sucesso para ilhas mais pequenas e mais frágeis do ponto de vista económico, antes procura, em colaboração com agentes locais, identificar áreas com potencial capazes de materializar o desenvolvimento que ambicionamos.
Não é nada de novo. Acho que nada foi inventado. Trata-se tão só de definir as linhas estratégicas e as respectivas linhas de acção, para, numa conjugação de esforços do Governo e das populações, encontrar formas de tornar mais eficaz e rentável a exploração dos nossos recursos.