O Bloco de Esquerda promoveu na
passada semana, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, uma
interpelação ao Governo Regional sobre a defesa e sustentabilidade do Serviço
Regional de Saúde.
Esta figura está prevista no
regimento e, por esse facto, tem o Bloco de Esquerda toda a legitimidade para
trazer esse assunto à discussão, até porque este é um tema que interessa e é
importante para todos os Açorianos.
Como é conhecido o Governo dos
Açores, sabendo da importância deste assunto, encetou, muito recentemente,
conversações com todos os partidos políticos e outros parceiros no sentido de
receber contributos sobre a reforma o Serviço Regional de Saúde.
Quando se discute esta matéria,
normalmente surgem sempre as questões relativas à dívida do sector, por vezes
fora de contexto e de forma imprecisa, muito embora perceba a preocupação.
Hoje vive-se mais, hoje existem
mais meios complementares de diagnóstico, hoje as pessoas tratam melhor da sua
saúde. São fatores positivos, sem dúvida, mas absorvem cada vez mais recursos
financeiros.
Parece-me que ninguém tem dúvidas
que esta dívida resulta do enorme investimento, sem igual, na modernização do
sistema de saúde, que está disperso por nove ilhas, e na melhoria da
acessibilidade por parte de todos os Açorianos. Foi dinheiro gasto ou, melhor,
investido, nas pessoas e para as pessoas.
Esta reforma, como já foi dito
muitas vezes, não é necessária por ser este um mau serviço, mas antes para
continuar a ser um bom serviço e, sobretudo, sustentável.
É conhecida a vontade do Governo
dos Açores de manter a tendência gratuita do acesso ao Serviço Regional de
Saúde, porque, entende o Partido Socialista, que sustenta o Governo, as pessoas
são a razão de ser das suas políticas da saúde.