29 de setembro de 2011

O respeitinho fica muito bem


Mal o Presidente da República saía da Graciosa em direcção a S. Jorge, já o líder do PSD Graciosa, nessa qualidade, elaborava um comunicado espalhando duras críticas por aqueles que, segundo o seu infalível medidor de respeito, não dignificaram a visita do mais alto magistrado da nação a esta ilha.

Não contente com esta inexplicável apreciação, considerada por muitos como ridícula e extemporânea, retoca o texto e transforma-o, dias depois, em artigo de opinião que publica no Diário Insular e na Rádio Graciosa, alargando as críticas ao Presidente do Governo (pudera, aqui há mais leitores!) e acaba mesmo por chamar incompetente ao Presidente da Câmara.

Este partido político e o seu responsável já nos habituaram a estes remoques e a outros ímpetos, que muitas das vezes não leva a merecida resposta na volta, porque ninguém se quer confundir com este tipo de actuação.

O Professor Cavaco e Silva, na qualidade de presidente de todos os portugueses, merece o respeito, incluindo o institucional, mas é evidente que o Presidente da Câmara, como primeiro responsável autárquico, deverá merecer também a deferência que o cargo igualmente exige, naturalmente noutra escala.

E é aqui que o PSD Graciosa está em desvantagem: exige respeito, mas não respeita. Critica a falta dos deputados do PS em momentos da visita, mas por sua vez também faltou a pelo menos três itens do programa, talvez por serem empreendimentos do Governo Regional, sem receber da nossa parte qualquer censura por isso. Chama incompetente ao Presidente da Câmara, quando, e tendo em conta a sua apreciação crítica, o deveria ter feito a quem organizou a visita e propôs alguma distância e recato. Ironizou com as ofertas feitas ao ilustre visitante, quando podia ter proposto outras, porque os seus vereadores e o presidente da Assembleia Municipal também participaram nesta recepção.

Este azedume impresso num comunicado, primeiro, e replicado num artigo de opinião, depois, só demonstra que esta visita correu mal ao PSD. O Presidente da República, e quanto a mim muito bem, comparou aquilo que conheceu há vinte anos e o que viu agora e notou uma evolução que o terá agradado particularmente, conforme confessou. E isso calou fundo…

É visível que esta avaliação não terá satisfeito, de todo, os responsáveis do PSD. É a vida!

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