
Nos últimos anos tem sido feito um grande esforço financeiro das entidades públicas na consolidação desta actividade, que, em contrapartida, já representa um grande peso na nossa economia.
O caso mais representativo do empenho governamental é a construção do novo porto de pescas, já em fase final, e do seu completo apetrechamento (casas de aprestos, nova lota e oficina de reparação naval), processo que se iniciará já em 2006, fazendo deste um dos melhores portos de pesca da Região.
Em breve também irão surgir novos desafios e responsabilidades com a informatização das lotas da Região, a pesca de novas espécies e em zonas mais profundas, a contínua modernização da frota, o desenvolvimento de infra-estruturas, a certificação do pescado e a criação de indústrias de transformação. Mas o maior desafio de todos é a protecção da nossa ZEE, estando em causa a defesa das 200 milhas como opção estratégica e inegociável.
As capturas de pescado nas águas da Ilha Graciosa aumentaram 21 toneladas em relação ao mesmo período de 2004 (dados de Agosto), contrariando o abrandamento verificado no total da Região, mas será pouco previsível grande variação, mantendo-se as condições actuais. Daí a necessidade da procura não só de novas áreas de pesca e de outras espécies ainda pouco exploradas, mas também de actividades paralelas que possam contribuir para a sua rentabilidade e sustentação.
Sabe-se que o sector turístico procura no mercado alternativas para uma nova geração de turistas, que estão dispostos a gastar mais por novas sensações, quase todas elas ligadas aos sectores tradicionais (como é o caso da pesca) e aos desportos de aventura.
Como complemento ao rendimento dos pescadores, também este sector poderá ser uma mais valia, nomeadamente ao embarcar para a faina pequenos grupos de turistas que procuram no mercado este tipo de aventura. É claro que a actividade ainda tem de ser devidamente regulamentada, mas certamente que traria valor acrescentado a uma classe profissional que usufrui de um rendimento variável.