29 de dezembro de 2011

Ano Novo Vida Nova


Logo a seguir ao período de convívio no seio familiar que o Natal proporciona e dos excessos gastronómicos desta época sempre festiva, esta é a expressão que se repete vezes sem conta quanto mais nos aproximamos do ano que se segue e que todos desejam que, pelo menos, não seja pior do que o presente.

É por estes dias, em todos os anos das nossas vidas, que renovamos intenções ou lançamos desafios, sempre num sentido positivo.

O final do ano é também propício a balanços, da vida e da política, e há para todos os gostos, feitos por jornais, revistas, rádios ou pelas televisões.

Este 2011 não deixará muitas saudades, muito por culpa desta crise que assola a Europa ao ponto de por em risco uma das suas maiores conquistas: o euro.

Vários países mudaram de governo sem chamar o povo a eleições, lembrando a suspensão da democracia desejada pela Dra. Manuela Ferreira Leite, há uns tempos atrás. Alguns países entraram numa situação complicada em termos financeiros, enquanto outros, mais poderosos que os primeiros, ouvem, quase diariamente, soar o alarme do perigo que os persegue.

Vivemos tempos de incerteza e de grande complexidade. Vivemos tempos difíceis, é certo, mas nada justifica o governo deste rectângulo à beira mar plantado atirar a toalha ao chão e encher as televisões de desesperança e pintar a negrume o futuro. Nada justifica indicar a porta de saída aos professores e aos jovens, como a grande solução para os seus problemas. Nada justifica atacar os funcionários públicos, sobrecarregando-os fiscalmente criando assim desigualdades inaceitáveis. Nada justifica atacar de modo inqualificável a classe trabalhadora como se esta fosse a culpada de todos os males.

Este tempo que antecede a entrada do novo ano serve para exteriorizar os desejos que se acalenta ao longo do ano. Serve também para renovar a esperança e almejar um futuro melhor.

Não deixem que nos tirem isso.

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