29 de janeiro de 2016

Pelo mar

Numa região geograficamente dispersa por nove ilhas e com condicionalismos próprios que tornam as operações complexas, o sistema de transportes assume uma importância crucial para o abastecimento das populações e para a economia.

A Região é servida por três empresas de transporte marítimo que garantem a ligação dos portos do Continente aos portos dos Açores.

Neste momento, existe um modelo de transporte inserido num mercado livre, capaz de abastecer todas as ilhas e promover as exportações de uma forma articulada entre os operadores, enquadrado por um regime legal que impõe algumas obrigações que protegem os Açorianos, nomeadamente garantindo a frequência e um igual preço para todas as ilhas, fatores determinantes para economias sem escala, e sem quaisquer encargos para a Região.

Os operadores, habituados a procurar alternativas para melhorar os seus serviços, classificam este modelo como bom e com flexibilidade suficiente para introduzir alterações que possam produzir ganhos de eficiência.

Sabe-se que nesta atividade, como em muitas outras, não existem modelos perfeitos, capazes de agradar a todos. É também verdade que os operadores tentam equilibrar as suas explorações com as obrigações a que estão sujeitos por força da lei em vigor. É conhecido também o esforço que estes operadores e os governantes fazem para, em casos de mau tempo ou avarias, reformular escalas para minimizar os impactos negativos para as populações.

Para o consumidor final o que importa é saber que o custo de um contentor para ´qualquer ilha dos Açores tem o mesmo preço e que pode contar com a regularidade para o seu abastecimento ou para exportação dos produtos locais.

O mundo está em constante mudança. E não podemos fixar-nos apenas no presente ou no passado, mas o bom senso aconselha, também, que promover repentinamente a mudança do que funciona bem, pode não ser uma grande ideia, sem prejuízo de, nesta área específica, ainda haver muito espaço para introduzir alterações que possam beneficiar os Açorianos sem alienar os princípios que pressupõe o atual sistema, nomeadamente o da igualdade. 

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