9 de setembro de 2016

Entre o dizer e o fazer vai uma grande diferença

Debater as problemáticas das pescas é sempre uma questão oportuna e de relevante interesse para os Açores, porque estamos a falar de um sector que é responsável por cerca de 20% das nossas exportações e representa mais ou menos 5% da população ativa da Região.

No Plenário desta semana, as pescas foram objeto de uma interpelação ao Governo. Foi, de facto, uma excelente oportunidade para reunir contributos para a política de pescas dos Açores.

É conhecida a crise que tem afetado o sector nestes últimos três anos, sobretudo devido à escassez do atum nos mares dos Açores. Veja-se que em 2012 o atum representava 42% do total de capturas, em 2013 era de 33%, em 2014 baixou para 17% e em 2016, até agosto, o atum representou apenas 9% das capturas descarregadas nos portos dos Açores.

Outro fator que está a ditar esta redução nas capturas prende-se com a abrupta redução da quota do goraz que implicou algumas medidas, nomeadamente a sua gestão por ilha e um defeso no período da desova.

No entanto, neste Plenário não surgiram propostas para ajudar a resolver esta situação. Apenas o bota abaixo do costume e nada de contributos.


O PSD, neste debate, perdeu a oportunidade, quiçá a última antes das eleições, de escrever algumas propostas sobre pescas nas páginas em branco do seu documento orientador para a elaboração do programa de governo, que nada diz sobre este importante sector, ou acrescentar alguma coisa às duas estafadas propostas que se encontram no seu site. 

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