28 de julho de 2011

Grande capitão

No desporto o capitão de equipa assume um papel fundamental. É ele que transmite a toda a equipa a serenidade e a confiança que ajuda o grupo de trabalho a atingir os objectivos a que se propôs. É ele que em campo dá alento aos companheiros nas horas mais difíceis e ajuda a dirimir desaguisados próprios de grupos de jovens com sangue na guelra. 

No tempo em que pratiquei futebol federado tive a felicidade de conviver com aquele que se revelaria um grande capitão: o Gasparinho. Era um grande amigo dos colegas, ajudava aqueles que dele precisavam, transmitia calma e geria muito bem os conflitos. Além disso era um defesa central exímio, com uma maneira muita fina de jogar e de interpretar o jogo, razão pela qual era tão respeitado pelos companheiros como pelos adversários.

Na hora de se afastar dos campos de futebol recebi dele a braçadeira e os ensinamentos de um verdadeiro capitão de equipa. Tentei seguir o seu exemplo, mas, por incapacidade minha, não lhe terei chegado aos calcanhares.

Amava o seu clube, o Graciosa Futebol Clube, e com ele rejubilava nas horas boas e entristecia nas desventuras.

Serviu empenhadamente este que foi o seu clube de sempre, como atleta ou na qualidade de dirigente, tendo sido Presidente da Direcção até há bem pouco tempo e onde se mostrou intransigente na defesa dos escalões de formação.

Durante anos e anos emprestou a sua magnífica voz, a arte de dedilhar a guitarra e os sons do seu trompete ao conjunto Ritmo 2000, grupo musical daquela casa que animava as noites de festa.

Na passada segunda-feira o Gasparinho partiu inesperadamente do nosso convívio, mas permanecerá eternamente nos nossos corações. Fica-nos a saudade e o seu exemplo. Até sempre!

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