A droga é um problema sério que,
aos poucos, se tem vindo a disseminar pelas nossas ilhas, afetando inúmeras
famílias que, depois de apanhadas nesta malha, têm dificuldades em reagir
atempadamente de modo a debelar esta aflição da qual ninguém está livre.
Não é fácil combater este flagelo,
pois de um lado temos redes bem organizadas e por outro temos jovens que, pela
sua maior exposição, são mais facilmente persuadidos.
Não obstante este problema do
tráfico e consumo de drogas ilícitas, surgiram por esse país fora
estabelecimentos que vendem substâncias que, por mais incrível que pareça,
estão enquadradas na lei, mas que, no entanto, são tanto ou até mais perigosas
que as outras.
Esta questão, qual fenómeno em
crescendo, tem merecido muita preocupação junto dos profissionais de saúde e
alguma perplexidade no seio das famílias e das comunidades escolares, pelas
consequências graves que podem advir para os seus consumidores.
Em boa hora a Assembleia
Legislativa da Região Autónoma dos Açores levou à sua sessão plenária, na
passada terça-feira, um diploma da autoria do Governo dos Açores que pretende
colmatar o vazio legal por onde estas drogas se movimentam.
Assim ficou proibida a venda nos
Açores de 160 substâncias psicoativas identificadas pelo Observatório Europeu
das Drogas e Toxicodependências.
Muito embora os canais de venda
destas substâncias vão, hoje em dia, muito para além das lojas de porta aberta,
esta medida é, sobretudo, preventiva, porque, como diz o nosso povo, precaução
e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
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