19 de março de 2015

Nada será como antes

Depois de anos a questionar as tarifas e o modelo de transporte aéreo existente nos Açores, eis-nos a poucos dias da implementação de um outro modelo que irá implicar uma mudança radical nas acessibilidades por via aérea à Região.

Nenhuma mudança de paradigma é pacífica. Surgem inúmeras dúvidas e muitos “ses”, mas, mais do que isso, há muita gente que, perante a inevitabilidade da mudança das novas obrigações de serviço público e da liberalização dos aeroportos de Ponta Delgada e das Lajes, agora procura novas desculpas para contestar ou, pelo menos, duvidar do novo modelo.

Este complexo processo implicou, naturalmente, longas negociações entre os executivos da Região e da República, mas, finalmente, chegou ao seu fim e, aparentemente, bem recebido população.

Da parte do Governo Regional sempre houve a intenção de proteger os Açorianos neste novo figurino. Esse desígnio foi alcançado, e ainda bem, com o estabelecimento de valor máximo de 134 euros nas ligações com o Continente e a Madeira e os estudantes terão o seu bilhete sempre abaixo dos 100 euros. Recorde-se que a Região Autónoma da Madeira, aquando da liberalização, não conseguiu garantir essa proteção para os seus habitantes, o que implicou preço exorbitantes em determinados períodos do ano.

A mobilidade dos Açorianos para fora da Região ficará facilitada com as novas regras, não só pelos preços de mercado mas também pela concorrência entre empresas e mesmo entre aeroportos de entrada e saída dos Açores.

Também se prevê, através das operações das empresas de baixo custo, maiores fluxos de turistas para as nossas ilhas e por isso é importante estarmos preparados para o que aí vem.  

É caso para dizer que a partir do primeiro dia de abril nada será como antes.

1 comentário:

Unknown disse...

Acho que a partir de Abril vamos começar a descobrir o verdadeiro potencial turístico da região, principalmente das "ilhas pequenas", que tem estado reservado apenas aos mais abastados. Com uma gestão cuidada e investimento realista, a reação em cadeia que se irá iniciar, será de certeza uma fonte de emprego e de riqueza para todos nós.