30 de março de 2015

O primeiro dia

Ontem começaram as operações das companhias aéreas de baixo custo nos Açores, permitidas pela liberalização de dois destinos: Ponta Delgada, em S. Miguel, e Lajes, na ilha Terceira.

Num primeiro momento as companhias, que passaram a viajar para a região, optaram por fazê-lo apenas para o aeroporto João Paulo II, por razões estratégicas, com certeza.

Neste novo modelo, que já ouvi chamarem revolução, com toda a razão, garantirá aos Açorianos uma proteção especial no custo das passagens, que não poderá ultrapassar 134 euros para os residentes e os 99 euros para os estudantes, seja qual for a opção do aeroporto de saída.

Quando a Região Autónoma da Madeira liberalizou o seu espaço aéreo houve quem defendesse o mesmo para os Açores, muito embora agora todos percebam que o nosso modelo em nada se assemelha ao do arquipélago vizinho, que não garante qualquer tipo de proteção aos seus habitantes.

É importante reter, neste novo esquema de acessibilidade, que o destino Açores é único e um turista que queira fazer as suas férias na Ilha Graciosa paga exatamente o mesmo do que se fosse para S. Miguel. Os residentes podem optar pela gateway que lhe for mais em conta, seja pela Terceira, Pico, Faial, Santa Maria ou S. Miguel, escolhendo a companhia que mais lhe convier, normal ou low cost, tendo sempre a certeza que, caso o seu bilhete custe mais do que os valores referidos, pode fazer o reembolso da diferença numa estação dos CTT, logo depois de iniciada a viagem.

Outro dado importante tem a ver com os reencaminhamentos. Um voo Graciosa para Lisboa, Porto ou Funchal tem exatamente o mesmo preço do que se a partida ocorresse em S. Miguel.

Este novo modelo permite a competitividade das empresas aéreas e aeroportos ao mesmo tempo que garante um preço máximo razoável para residentes e estudantes.

É caso para concluirmos que, a partir de agora, nada será como antes. Mais facilidades na mobilidade dos Açorianos e maiores oportunidades para quem nos quer visitar, serão os resultados desta liberalização.

Mas isto não é tudo. O resto depende mesmo de nós…

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