16 de abril de 2015

Lá e cá

Não é a primeira vez que isso acontece, nem será a última, com toda a certeza. O PSD de Duarte Freitas vota favoravelmente os cortes nos apoios sociais no país e aqui nos Açores quer dar lições de como bem-fazer.

Mas esta postura não ocorre apenas quando estamos perante as questões sociais. Aconteceu quando se discutia a RTP-Açores ou a Universidade dos Açores. Aconteceu também, mais recentemente, com o novo modelo de mobilidade aérea.

No caso do financiamento do serviço público de televisão ou do financiamento do ensino público, o PSD-Açores sempre quis que o Governo dos Açores resolvesse as questões relativas àqueles organismos mesmo sabendo que essa era a responsabilidade da República. No caso do novo modelo de mobilidade aérea basta lembrar a ideia de Berta Cabral, em 2012, para a qual a solução seria reservar parte do orçamento da Região para financiar o que é, afinal, obrigação do Estado Português.

No Parlamento Açoriano discutiu-se um pacote de três propostas do PSD na área social que, segundo o partido proponente, decorreu de uma profunda reflexão junto de várias instituições de solidariedade social dos Açores.

Uma delas, ficou a saber-se, era uma cópia da legislação nacional e as restantes referem-se a temas que se encontram em fase de análise e estudo numa estrutura de missão criada exatamente para esse efeito e que, inclusivamente, já produziu trabalho com aplicação prática.

Todas as propostas merecem a melhor atenção dos eleitos, mas, por vezes, parece que se propõe só porque sim.

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