31 de março de 2016

Repor a verdade

Na semana que agora termina vi e ouvi o líder do maior partido da oposição enaltecer os benefícios que resultaram da liberalização do espaço aéreo e, em simultâneo, menorizar o papel do Governo dos Açores, insinuando que este processo tinha avançado sem merecer a sua concordância.

Esta conversa não veio à baila por acaso. Surge no primeiro aniversário do novo modelo de acessibilidade aérea, momento aproveitado para se fazer um balanço, muito positivo, como é por todos aceite, e se prevê, sem as desaconselhadas euforias, um futuro risonho na atividade turística nos Açores.

São conhecidas diversas declarações de membros do Governo de Passos Coelho que desmentem por completo estas insinuações. Também sabemos que se o PSD Açores estivesse interessado em resolver esta situação, como lhe competia, poderia ter-se empenhado em pressionar os seus comparsas de Lisboa para retirar da gaveta a proposta que esteve longe da vista cerca de dois anos, quase esquecida.

Mas, claro que para aquele líder era bom não lembrar estas coisas e, muito sinceramente e na minha modesta opinião, não devemos ocupar muito do nosso tempo com estes remoques.

Uma coisa é certa. O Governo dos Açores conseguiu um modelo de transporte aéreo de e para o Continente e Madeira diferente, com dois aeroportos liberalizados que ficam sujeitos à concorrência entre empresas e outros três cobertos pelas Obrigações de Serviço Público, conseguindo, em todo este processo, garantir, por um lado, melhores condições tarifárias para os que nos visitam, estimulando o turismo e, por outro lado, estabelecer uma tarifa máxima para os residentes e estudantes.

Pode não ser o melhor dos dois mundos, mas certamente que os Açorianos ficaram muito melhor servidos com este sistema misto que estimula a economia e os protege.

Este desiderato só foi conseguido com o empenho e o esforço do Governo dos Açores. O resto é conversa…

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