4 de junho de 2016

Tiro de partida

O deputado Duarte Freitas já há muito que deu o tiro de partida na campanha eleitoral, salvo erro, lá pelo Natal. Aliás, desde que assumiu a liderança do seu partido parece que não tem feito outra coisa.

Nestas eleições, ao contrário das últimas em que foi candidato à Assembleia Legislativa pelo círculo eleitoral do Pico, perfilha-se para se candidatar pelo círculo eleitoral da ilha de S. Miguel. Esta sua estratégia é legítima e deve ser respeitada.

Neste seu percurso, o ainda deputado pela ilha do Pico, passou recentemente pela Graciosa e fez campanha, como era de esperar. Distribuiu um panfleto sobre o que pretende para os Açores e um outro onde elenca alguns compromissos não cumpridos pelo atual Governo.

No primeiro caso vimos descriminadas uma série de coisas que estão a ser feitas e por isso não são nada de novo. O atual deputado, na qualidade de candidato por S. Miguel, promete o que está a ser feito, de uma forma muito conveniente mas pouco séria.

Uma delas aponta também para a promoção do valor do pescado para exportação e defender a pesca local.

Como já é conhecido, o PSD-Açores, no seu documento base de apoio ao programa de governo, ignora por completo o sector das pescas ao não dedicar nem um capítulo, nem uma página, nem sequer uma linha, a um sector que é de importância vital para a economia dos Açores, em geral, e para a Graciosa, de uma forma particular.

Também não sei como poderá um partido político propor-se a defender a pesca local ao mesmo tempo que, perante a presença da Comissão de Pescas do Parlamento Europeu, gastou todo o seu tempo a condenar a política de pescas esquecendo por completo defender as ilhas, sobretudo as mais pequenas, perante o corte absurdo da quota do goraz que está a prejudicar algumas ilhas dos Açores. Esta foi uma oportunidade perdida para defender a pesca local.

Relativamente às promessas não cumpridas, o deputado Duarte Freitas se visse com mais atenção a execução dos programas do Partido Socialista iria certamente perceber que embora nem tudo esteja feito e bem feito, grande parte dos compromissos foram ou serão executados, com taxas de cumprimento muito mais elevadas que os seus autarcas tem conseguido, incluindo alguns que o rodeavam enquanto entregava os referidos panfletos. 

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