18 de julho de 2013

Mais respeito pelo poder local


É bem conhecida a posição do governo PSD/CDS-PP relativamente às autarquias. Miguel Relvas, fartou-se de classificar o poder local como despesista e uma espécie de mal que faz do país uma nação enferma.

 

Com base neste conceito, errado a meu ver, encetou uma tremenda batalha contra o poder local, a coberto de uma pretensa reforma e legislando de modo a condicionar a atividade das autarquias locais, tudo isto nas costas dos próprios autarcas que, apesar de veementes protestos, não conseguiram alterar esta posição centralista do governo de Passos Coelho e de Paulo Portas.

 

Em tempos de crise, económica e social, só uma política de proximidade pode aliviar o sofrimento dos mais frágeis e, claro está, é através das camaras municipais e das juntas de freguesia que se pode dar melhores e mais rápidas respostas sociais às populações.

 

É também localmente que as verbas são melhores aplicadas em investimentos que servem as populações.

 

Um poder local forte e independente assusta os arautos do centralismo e foi por isso que se procedeu à extinção de mais de 1000 freguesias e inúmeras empresas municipais num processo com critérios pouco entendíveis, feito a régua e esquadro, sem atender às especificidades de cada município ou de cada freguesia.

 

Hoje assiste-se a uma tentativa de fazer o poder local refém dos caprichos centralistas, retirando-lhe a possibilidade de aplicar competências antigas no apoio às pessoas e ao tecido empresarial local.

 
Nas próximas eleições autárquicas temos de exigir mais respeito pelo poder local

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