30 de agosto de 2012

Tal como o tempo


Os Açorianos sempre estiveram atentos às questões ligadas à meteorologia. Podemos mesmo dizer que em cada Açoriano há também um meteorologista, tão habituados que estamos a acompanhar o tempo nas nossas ilhas. Dão-se palpites, indica-se quando roda o vento, conclui-se quando é que o tempo vira. Quem por cá por vive sabe muito bem que as alterações da natureza são rápidas e cíclicas.

É também conhecido que quando o tempo começa a piorar no Corvo ou nas Flores, mais dia, menos dia haveremos de levar com a nossa parte. É por isso que os Açorianos ficam colados ao televisor, à espera de “O tempo” na RTP-Açores e avaliam o que está a acontecer por lá para perspetivar o dia seguinte. É uma situação que acontece vezes sem conta.

Neste momento em que se aproxima o final do prazo para a entrega das listas de candidatos às próximas eleições regionais saem notícias, primeiro dos cabeças de lista e depois de toda a sua constituição.

Algumas vezes somos surpreendidos com os nomes de pessoas que nem vivem nos círculos eleitorais por onde concorrem, o que, quanto a mim, não contribui para a credibilização da política.

Mas a notícia mais inesperada foi a de que o PSD não consegue fazer uma lista que concorra pelo círculo eleitoral do Corvo.

É estranho um partido, que se constitui como alternativa de poder e se autointitula como um partido de implantação regional, não conseguir, junto do seu eleitorado daquela ilha, fazer uma lista para concorrer por aquele círculo eleitoral.

Mais estranho ainda é a solução que aquele partido arranjou: apoiar o líder do Partido Popular Monárquico, precisamente aquele que desalojou o PSD do panorama político daquela ilha, no que respeita às eleições regionais.

Tal como o mau tempo também a primeira derrota do PSD vem do ocidente.

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