O equilíbrio que se pretende
manter nos Açores entre a natureza e o desenvolvimento do turismo tem vários
caminhos, especialmente nas ilhas de menor dimensão.
O Turismo em Espaço Rural pode
ser um contributo importante para diminuir a sazonalidade. É uma experiência
que permite conhecer o dia-a-dia da vida no meio rural e ir ao encontro das
origens culturais destas ilhas.
O Mergulho é, também, uma oferta
que está a crescer em todas as ilhas. Segundo a obra “Debaixo de Água: 24
lugares de mergulho que todos os mergulhadores devem conhecer”, publicado na
Alemanha, curiosamente o maior mercado mundial, os Açores estão entre os 24
melhores destinos de mergulho do mundo. Várias revistas da especialidade
relevam as potencialidades das paisagens submarinas do nosso mar, onde se
incluem baixas, cavernas, arcadas, ilhéus e naufrágios, que albergam uma
variedade enorme de peixes, algas e corais, difíceis de ver noutros locais.
A Observação de Aves, embora de
uma forma subtil, está também em franco crescimento nos Açores, nomeadamente no
Corvo e na Graciosa. São procuradas aves migratórias dos continentes Americano
e Euroasiático e outras espécies raras, como é o caso do Painho de Monteiro,
tão bem retratado no recém-lançado documentário de Pedro Carvalho “Em busca do
Painho de Monteiro”, que será transmitido em televisões nacionais e
estrangeiras. Neste momento estão identificadas cerca de 400 espécies
observadas na região.
A Observação de Cetáceos tem
vindo a evoluir de forma sustentada e ainda tem espaço para crescer mais no
futuro.
Os trilhos pedestres disseminados
por todas as ilhas, alguns deles sendo reaproveitamentos de antigos caminhos
para pessoas e animais, complementam a oferta turística e aproximam o turista
da natureza deslumbrante dos recantos das ilhas, abrangidos por esta rede.
Aproveitar as potencialidades
destas formas de turismo no futuro próximo é o repto que as ilhas da coesão têm
pela frente. A conquista de nichos de mercado com práticas amigas do ambiente é
a melhor forma para crescer de forma sustentada, provocando um impacte reduzido
na natureza. E é esse o caminho que devemos seguir.
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