2 de agosto de 2012

Turismo sustentado


O equilíbrio que se pretende manter nos Açores entre a natureza e o desenvolvimento do turismo tem vários caminhos, especialmente nas ilhas de menor dimensão.

O Turismo em Espaço Rural pode ser um contributo importante para diminuir a sazonalidade. É uma experiência que permite conhecer o dia-a-dia da vida no meio rural e ir ao encontro das origens culturais destas ilhas.

O Mergulho é, também, uma oferta que está a crescer em todas as ilhas. Segundo a obra “Debaixo de Água: 24 lugares de mergulho que todos os mergulhadores devem conhecer”, publicado na Alemanha, curiosamente o maior mercado mundial, os Açores estão entre os 24 melhores destinos de mergulho do mundo. Várias revistas da especialidade relevam as potencialidades das paisagens submarinas do nosso mar, onde se incluem baixas, cavernas, arcadas, ilhéus e naufrágios, que albergam uma variedade enorme de peixes, algas e corais, difíceis de ver noutros locais.

A Observação de Aves, embora de uma forma subtil, está também em franco crescimento nos Açores, nomeadamente no Corvo e na Graciosa. São procuradas aves migratórias dos continentes Americano e Euroasiático e outras espécies raras, como é o caso do Painho de Monteiro, tão bem retratado no recém-lançado documentário de Pedro Carvalho “Em busca do Painho de Monteiro”, que será transmitido em televisões nacionais e estrangeiras. Neste momento estão identificadas cerca de 400 espécies observadas na região.

A Observação de Cetáceos tem vindo a evoluir de forma sustentada e ainda tem espaço para crescer mais no futuro.

Os trilhos pedestres disseminados por todas as ilhas, alguns deles sendo reaproveitamentos de antigos caminhos para pessoas e animais, complementam a oferta turística e aproximam o turista da natureza deslumbrante dos recantos das ilhas, abrangidos por esta rede.

Aproveitar as potencialidades destas formas de turismo no futuro próximo é o repto que as ilhas da coesão têm pela frente. A conquista de nichos de mercado com práticas amigas do ambiente é a melhor forma para crescer de forma sustentada, provocando um impacte reduzido na natureza. E é esse o caminho que devemos seguir.

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